José António Camacho contestou nesta sexta-feira a ideia de que haja algumas dificuldades de motivação na equipa do Benfica, admitida por Nuno Gomes, e defende que os únicos problemas no balneário são as lesões.

Nuno Gomes disse que «não está fácil» encontrar motivação para lutar pelo título, numa altura em que o F.C. Porto lidera destacado o campeonato. O técnico não tinha conhecimento das declarações, mas contesta a ideia.

«Qualquer jogador se não tiver motivação não pode jogar. O que eu disse foi que faltou mais um bocadinho para ganharmos e isso é diferente de não ter motivação. Os jogadores são profissionais e têm de jogar», reagiu Camacho, para voltar a insistir nos problemas relacionados com lesões: «No balneário o único problema que existe é o facto de haver muitos lesionados e poucas alternativas para algumas posições.»

O técnico falava durante a antecipação do jogo deste sábado com o U. Leiria, da 21ª jornada da Superliga, para o qual volta a apelar a uma mentalidade vencedora da equipa: «Espero um jogo difícil, porque todas as equipas correm muito contra o Benfica. Temos é de entrar no campo para ganhar. A mentalidade tem que ser essa. Se não ganharmos nesse jogo ganhamos no outro a seguir.»

Camacho comentou ainda a ausência de Sokota da lista de convocados, para recordar que o jogador vem de uma lesão prolongada. «É normal que tenha apresentado algumas queixas, porque o jogador esteve parado quase um ano, e está com muita vontade de treinar e de voltar à competição», afirmou o técnico. Sobre o provável regresso de Ricardo Rocha à titularidade, o treinador disse apenas que «é uma opção válida, como tantos outros», evitando respostas prolongadas sobre os jogadores do plantel. «Pode entrar qualquer um. Ainda não decidi. Ricardo voltou à competição depois da lesão. Há jogadores que baixam de forma, outros estão a corresponder. Pode jogar o Ricardo Rocha, mas também há outros que podem jogar. Temos de ter alternativas porque se a equipa não estiver bem precisamos de jogadores como Drulovic ou Carlitos para dar outro ritmo nos úlitmos 20 ou 30 minutos», explicou Camacho.