Armando. É um nome singelo, mas depressa irá entranhar o discurso dos adeptos do Benfica. Pelo menos, é isso que o jogador espera. Adquirido pelo clube da Luz ao Braga, estreou-se na I Liga na época 1998/99 pela mão de Carlos Brito, então treinador do Rio Ave. Vindo da II Divisão B, depressa ganhou estatuto, garantindo o rótulo de um dos futebolistas mais regulares da equipa de Vila de Conde. «Na altura, tínhamos de ver vários jogadores em divisões secundárias para termos mais valias. E foi assim que o fomos buscar ao Vila Real», recordou Brito, actualmente um dos comentadores residentes da Sportv. 

«A sua ida para o Benfica não me surpreende. O Armando tem características de um bom jogador, aliás, recordo-me que há duas, três épocas, o Sporting chegou a estar interessado na sua aquisição. Por isso, mais tarde ou mais cedo iria jogar num clube de maior expressão», sublinhou o ex-técnico, ao Maisfutebol, depois do desafio entre o Beira Mar e o Boavista. «Tinha qualidades que lhe permitiam fazer todo o corredor direito, tinha uma boa margem de progressão, apesar de lhe faltar algumas noções tácticas. Nem sempre sabia quando devia atacar, mas ensinei-lhe muita coisa e o Cajuda também». 

Agora, Armando só tem de singrar na Luz para o sonho colorido ser algo mais do que isso. «Há jogadores que vão para o Benfica por milhares de contos e não se conseguem impor. É preciso dar-lhe tempo, sei que isso é difícil no Benfica, mas é um jogador que pode singrar», finalizou Carlos Brito.