Evasivo, vago, extremamente cuidadoso, Drulovic não é claro nem pretende sê-lo. Pelo menos, por enquanto. Não confirma, não desmente, repete apenas a intenção de permancer em Portugal. «Sempre disse que gostava de ficar», recorda, depois de breves segundos de silêncio gerados pelo embaraço da questão, que juntava o seu nome ao do Benfica. 

«Já se falou de tanta coisa», junta o jugoslavo, baralhando e acrescentando alternativas, que, quase jura, lhe são praticamente desconhecidas. «Já se disse que ia para o Sporting, para o Benfica, para o Boavista...». Nada de concreto, garante, num tom tranquilo e quase desinteressado de quem já tem o futuro acautelado. 

«Não tenho nada assinado com ninguém». Isso podia jurar. E essa era, também, a razão de todos os seus cuidados. «Vamos ver o que se vai passar», recomendou. «Quando assinar com alguém, logo se saberá».  

Dependente de uma rubrica, Drulovic prefere, por enquanto, manter o «suspense». Faz as malas e tenciona passar ainda hoje pela Torre das Antas, para acertar os últimos pormenores que o desligarão do passado recente. Sobre o futuro, nada esclarece. «Vamos ver», despede-se. «Vamos ver».