Longe da euforia das primeiras sessões de julgamento, decorreu esta quinta-feira a terceira audiência de João Vale e Azevedo no Tribunal da Boa Hora. O ex-presidente do Benfica continuou a responder ao rol de 150 acusações que lhe são atribuídas, tendo hoje respondido até ao artigo 129.  
  
«Completamente falso», «mentira», «completo absurdo», foram as palavras mais ouvidas na sala de audiência. Vale e Azevedo continua a negar todas as acusações e a dar explicações sobre os mais variadíssimos temas na tentativa de explicar o que quase parece inexplicável.   
  
A sessão da manhã ficou marcada pelo despacho da juiza referindo que as declarações de Vale e Azevedo neste julgamento não coincidem com as do interrogatório do dia 16 de Fevereiro.   
  
À tarde surgiu um novo dado a acrescentar à lista de acusações. Vale e Azevedo disse que «a actual direcção do Benfica fez desaparecer papéis» referente ao seu mandato à frente do clube, o que levou o assistente do processo do Benfica, José António Pereira da Silva, a interromper a sessão para apresentar novo processo ao arguido por «afimações lesivas da honra e consideração de todos os membros que integram a direcção do SLB».  
  
A audiência continua amanhã, a partir das 9.30 horas, com a leitura do resto das acusações e prolonga-se para terça e quarta-feira. Na quinta e na sexta-feira está previsto que comece a audição das testemunhas. Paulo Barbosa e António Catalão serão os depoimentos que mais curiosidade suscitam.  
 
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