Serão cerca de trinta, acompanhados de cinco italianos. Os primeiros não escondem o amor profundo ao F.C. Porto e o orgulho em serem Super-dragões. Os segundos não escondem o amor à Lázio e o orgulho em serem Irreducibile. E nenhum deles esconde também o ódio ao Benfica. Ódio cultivado há anos, ou ódio de circunstância, motivado pela curvas da vida.

Tanto assim é que uniram-se os trinta Super-dragões aos cinco Irreducibile e, todos juntos, caminharam para o aeroporto Sá Carneiro. Com a única intenção de dar as boas vindas à formação de Fernando Couto e Sérgio Conceição. Esquecido que parece estar o embate da temporada anterior, a contar para as meias-finais da Taça UEFA. Embate esse, recorde-se, ganho pelo F.C. Porto.

Ora, como muito provavelmente não haverá nada melhor que uma vitória para detonar uma profícua amizade, lá se juntaram os velhos amigos, companheiros desta vida de adepto, tantas e tantas vezes palhaços de um mesmo cântico. Como hoje. Unidos pelo apoio à Lázio ou pela vaias ao Benfica. O que, neste caso, deve ir dar ao mesmo. Apoio ou vaias traduzido numa imensa faixa: «Benvenuti amici laziale», pode ler-se no pano branco pintado com letras azuis.

Mas há mais. O aeroporto encheu-se de cachecóis de adeptos do F.C. Porto que prometem comparecer amanhã no estádio do Bessa para apoiar¿ a Lázio, claro está. Indiferentes ao preço dos bilhetes (50 euros), estes irredutíveis portistas prometem não faltar com nada no apoio aos amigos irredutíveis laziales.

Depois do jogo, que esperam, claro, coroado com um fracasso encarnado, dizem que seguem imediatamente para o Mónaco, de onde esperam regressar já a noite de sexta-feira deve ir alta com um sucesso azul e branco.