Vítor Baía, que não foi convocado para a partida de segunda à noite, em Felgueiras, com o Vitória de Guimarães, concedeu este domingo uma importante entrevista ao jornal «Record». O guardião diz que não encontra «justificação» para «não ter recuperado a titularidade», mas garante: «Não serei engolido».

Ainda que nunca ponha Nuno em causa, Baía confessa o seu espanto por não ter voltado à baliza depois de, por lesão, ter falhado o jogo do Bessa. Mas não mostra grande desconforto por não estar a jogar: «É um filme já visto», diz.

Baía faz questão de não dramatizar a sua situação actual: «O futebol tem o hábito de produzir ídolos e depois engoli-los, mas não me deixarei engolir. As pessoas devem manter-se atentas e analisar com a devida justiça», refere, não especificando sobre a quem se dirigiam estas palavras. «Sinto-me realizado em termos colectivos porque a equipa tem jogado bem, tem ganho e afirmado a sua força. Mas, em termos individuais não posso estar satisfeito. Isto, sem beliscar minimamente a posição do Nuno. Sinto-me tão bem e com tanta confiança como quando comecei o campeonato a titular e, por isso, não consigo encontar uma justificação evidente para não ter recuperado a titularidade após o jogo do Bessa», acrescentou.

O guarda-redes não esconde alguma frustração por não estar a jogar: «Posso garantir que a minha coluna continua com a mesma verticalidade de sempre. Mantenho a dedicação de sempre ao clube, ciente do que dei. A memória pode ser curta mas não me custa lembrar que cheguei a pôr em risco a minha carreira por ser sensível às necessidades da equipa que impunham a minha presença em campo».