Um olhar para os números do F.C. Porto na Superliga dissipa todas as dúvidas quanto à força da equipa de José Mourinho. Exibições à parte (porque algumas não foram bem conseguidas, mas resultaram, mesmo assim na conquista dos três pontos), os «azuis e brancos» apresentam, em termos meramente estatísticos, um percurso quase perfeito, só «manchado» pelos três empates que quebram a sequência de vitórias.

Curiosamente, todos os pontos perdidos pelos «dragões» aconteceram fora de casa (frente ao Estrela da Amadora, Marítimo e Sporting) e sempre bem longe do Porto. Um dado que pode deixar alguma esperança aos «encarnados», que bem gostariam que esta tradição se mantivesse.

Se em casa o F.C. Porto é imbatível (10 jogos, dez vitórias, 25 tentos marcados e apenas 4 sofridos), fora de portas o cenário também não é nada desanimador: esta época os «azuis e brancos» já levaram para o Porto 25 pontos. No entanto, vêem mais vezes a bola entrar na sua baliza quando actuam longe das Antas ou do Dragão (quatro golos sofridos em casa, nove fora).

Mais perigosos na primeira parte

Os números permitem também verificar que o ataque do F.C. Porto é quase demolidor: 47 golos marcados em 21 jogos (uma média de 2,2 em cada encontro), sendo que quase metade foi apontada pela dupla Derlei e McCarthy (25). Ou seja, cada um deles apontou tantos tentos quantos o Belenenses ou a União de Leiria.

Se bem que os golos marcados estejam bem distribuídos pelos 90 minutos do encontro, é notória a tendência para marcar ainda no decorrer da primeira parte (27 em 47), sobretudo entre os 16 e os 30 minutos; o «pior» período é aquele entre os 60 e os 75 minutos; só apontaram seis tentos nesta fase do jogo. Curiosamente, o momento menos propício para acertar na baliza de Vítor Baía é aquele que medeia entre a meia hora de jogo e o intervalo, uma vez que ainda ninguém o conseguiu. Bater os dragões logo após os 46 minutos também não é fácil; só Maciel o conseguiu (minuto 59 da 4ª jornada) e o ex-leiriense agora veste de azul e branco.

À eficácia atacante junta-se o facto de os «azuis e brancos» terem a defesa menos batida da prova (apenas 13 golos), sendo que só por uma vez viram a bola entrar na sua baliza por duas vezes no mesmo jogo (frente ao Marítimo, empate por 2-2). Ainda assim, dá pouco mais de «meio golo» sofrido em cada partida (0,6).

F.C.PORTO

1º classificado

55 pontos (47-13)

Sequência de jogos:

V-E-V-V-V-V-V-V-V-V-E-V-E-V-V-V-V-V-V-E-V

Resultados:

2-0; 1-1; 4-1; 3-1; 2-0; 2-1; 4-1; 4-1; 1-0; 1-0; 1-1; 4-1; 2-2; 3-0; 2-1; 1-0; 2-0; 3-0; 2-0; 1-1; 2-1

Fora de casa:

11j, 7v, 4 e, 0 d (22-9) 25 pontos

GOLOS MARCADOS (MINUTOS)

1/15-8

16/30-11

31/45-8

46/60-7

61/75-6

76/90-7

GOLOS SOFRIDOS (MINUTOS)

1/15-3

16/30-3

31/45-0

46/60-1

61/75-3

76/90-3

Marcadores:

Derlei, 13

McCarthy, 12

Maniche, 6

Marco Ferreira, 2

César Peixoto, 2

Alenitchev, 2

Maciel, 2

Jankauskas, 1

Ricardo Fernandes, 1

Costinha, 1

Deco, 1

Ricardo Carvalho, 1

Jorge Costa, 1

Argel, 1 (a.g)

Clyde Wijnhard, 1 (a.g)

Tipologia dos golos:

Penalties, 3

Autogolos, 2

Bola parada (cantos, livres directos e indirectos), 12

Bola corrida, 30

Cabeça 10

Pés 37

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