Está a subir de forma e a fazer o crédito de um goleador implacável na hora do remate, até porque «os problemas físicos já passaram» e sente-se «cada vez melhor». Jankauskas está mais entrosado com os colegas e isso traduz-se em golos golos do mais fino recorte técnico. Por exemplo, deixou um rasto de saudade no Estádio das Antas ao assinar um remate certeiro à boa maneira de Madjer. De calcanhar, fez as redes abanar, carimbando uma exibição perfeita diante do débil e nervoso Polónia de Varsóvia. «É um gesto fácil», explica o avançado lituano, desvalorizando um tento que trás boas recordações para os adeptos portistas.

Aliás, o ponta-de-lança gosta mais de valorizar o colectivo do que dar ênfase a aspectos pessoais, por isso responde com um pobre «talvez» à pergunta se esta terá sido sua melhor exibição desde que trocou o Benfica pelo F.C. Porto. «Mas foi o jogo mais completo da equipa», sublinha, completando a questão por entre um sorriso de alegria. O golo de calcanhar, o seu segundo e último, logicamente mereceu rasgados elogios: «Foi um bom passe do Capucho e não havia outra maneira de marcar, a não ser de calcanhar. Às vezes, sai...», explica com os olhos a brilhar.

Depois de um resultado tão expressivo (6-0), logicamente que a passagem dos azuis e brancos à segunda eliminatória da Taça UEFA está praticamente assegura por muito que o factor surpresa esteja presente no jogo na segunda mão, a disputar dentro de duas semanas. «Foi um jogo muito completo da nossa equipa e talvez tenha sido mais fácil do que estávamos à espera. Mais importante foi o facto de termos jogado bem», reforça, considerando que «a eliminatória pode estar decidida».

No entanto, considera que o Polónia Varsóvia «não é assim tão fraco», antes o F.C. Porto soube superiorizar-se ao adversário ao ponto de conseguir goleá-lo: «A vitória foi conseguida graças ao nosso jogo».