Como é que se prepara psicologicamente um jogo desta importância? É sabido que José Mourinho tem no jogo psicológico um dos seus grandes trunfos como treinador. Há mesmo quem diga que o segredo do sucesso de Mourinho passa muito por aí.

Verdade ou mentira, o facto é que depois de uma derrota em casa, ter que vencer no terreno de um adversário que é tradicionalmente tão forte no seu reduto dá pano para mangas. Apenas mais um jogo, ou o desafio de uma vida?: «Nem uma coisa nem outra», refuta o técnico azul e branco. «Connosco, cada jogo é para vencer e, nesse sentido, todos têm a mesma importância. Mas é evidente que este é diferente de um jogo de campeonato, que se correr mal pode ser rectificado noutras jornadas, pois o que conta são os pontos. Mesmo o desafio da primeira mão tinha a questão de poder ser corrigido no segundo confronto. Este não, este é decisivo. Das duas uma: ou passamos às meias-finais, ou somos eliminados».

A forma como Mourinho reagiu, no final do encontro das Antas, à derrota, acenando para os adeptos portistas para terem «calma», significará um palpite especial do técnico para este segundo jogo: «Não, apenas mostrei que estávamos apenas no intervalo de um jogo com 180 minutos. Nesse sentido, há que ter calma e dar tudo neste encontro da segunda mão».