Uma das soluções encontradas pelos jogadores de futebol quando terminam a carreira é passarem a ser empresários ou dirigentes de clubes. Os casos são inúmeros e crescentes, nomeadamente entre brasileiros. 

Ficar ligado ao futebol, a partir desta via, foi uma opção também tomada por Paulo Pereira, que se destacou como defesa-central no F.C. Porto e Benfica em final da década de 80 e início de 90. Depois de ter abandonado a carreira de futebolista em Dezembro de 2000, no Bragantino, o brasileiro decidiu-se juntar aos seus irmãos, sendo que um deles é Silas, e tomar o controlo directivo do Grêmio Recreativo Ozan, de São Paulo. 

O clube vai integrar um campeonato novo, que vem substituir a prova entre os juniores de todo o país, onde só será permitido que alinhem jogadores até aos 21 anos. Na competição também vai entrar o Bonsucesso, recentemente comprado pelo empresário José Veiga. É claro que um dos propósitos fundamentais é formar jogadores para os vender, mas também estabelecer intercâmbios com outros clubes. 

Este é um dos motivos que trouxe Paulo Pereira a Portugal, onde já tem encontros marcados com os responsáveis do F.C. Porto. Ao almoço esteve com Joaquim Pinheiro, coordenador das camadas jovens, pois um dos seus desejos é «levar um jogador africano para o Brasil», mas também porque «talvez seja possível enviar brasileiros para treinar à experiência nas Antas durante 15 ou 20 dias». Neste momento, diz já representar dois jogadores com estatuto de comunitário, que pretende colocar em Portugal. 

Para o jantar tem agendado um encontro com Pinto da Costa para abordar vários assuntos, mas também para referenciar Marcelo Miguel, defesa-central esquerdino que jogava no Japão. O brasileiro foi «internacional sub-20 pelo seu país, onde chegou a jogar com Portugal, numa Selecção que também tinha Djalminha, Amoroso e Luizão». Segundo Paulo Pereira, trata-se de «um jogador com 25 anos, qualidade acima da média e valor para jogar no futebol português, mas a preferência é para o F.C. Porto, onde o ambiente é melhor». 

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