Falar de Paulo Vida é falar de... golos. O avançado do Campomaiorense tem-se destacado pela sua veia finalizadora neste início de época, a ponto de estar entre os melhores marcadores de todos os campeonatos profissionais da Europa. Na II Liga, comanda destacado a lista dos goleadores, com dez tentos apontados. Dois deles foram marcados ontem, em Moreira de Cónegos. Quer dizer: dois não, três! Um deles não conta para a sua lista pessoal, porque foi marcado na própria baliza. 

Pois é. Se já é raro que um atacante marque um golo nas suas próprias redes (até porque isso implica estar em zonas mais recuadas do terreno), mais invulgar ainda é que todos os golos do jogo sejam marcados pelo mesmo jogador ¿ para duas equipas...  

Em conversa com o Maisfutebol, o ponta-de-lança do Campomaiorense explica tudo. E encara com bonomia o azar que teve: «Até fui alvo de chacota dos meus colegas... Deu para rir, porque o mais importante foi termos ganho o encontro e somado os três pontos. Estávamos a ganhar por 2-0, com dois golos meus. Um deles tinha sido no minuto anterior e lgoo a seguir o Nuno Gomes, que é trinco, foi expulso. Por isso tive que recuar no terreno. Aconteceu um lance infeliz, a bola bateu-me na bota e ressaltou para dentro da baliza». 

Paulo Vida confirma que este «foi mesmo o primeiro auto-golo» da sua carreira e desdramatiza o acontecimento: «Só não acontece a quem não está lá. Era pior se desse um empate...» Este episódio chegou quase ao nível do de um jogador do Bolton, que no campeonato inglês, marcou quatro golos num jogo que acabou em... 2-2! Uma estranha forma de repartição: «Sim, foi pior, bem pior esse caso, porque esse jogador não conseguiu que a sua equipa vencesse a partida. Essa é a questão essencial. Foi importante ter marcado dois golos, mas se por duas vezes marcou na própria baliza...» 
 

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