A Taça João Havelange propriamente dita desapareceu. O troféu que devia ser entregue ao vencedor do jogo que atribuia o título brasileiro, entre o Vasco da Gama e o São Caetano, sumiu no meio da confusão que se seguiu à interrupção da final, no sábado passado, depois da queda de um gradeamento que provocou várias dezenas de feridos. 

A notícia é avançada pela Agência Estado, que cita um director da Sport Promotion, a empresa responsável pela organização e promoção da Taça Havelange, competição que este ano substituia o campeonato brasileiro. 

O troféu esteve em exibição no Estádio de São Januário durante o jogo e desapareceu depois de os jogadores do Vasco, obedecendo a ordens de um dirigente do clube, Eurico Miranda, terem pegado na Taça e dado uma volta de honra ao estádio. Auto-proclamaram-se vencedores da competição, naquela a que o Estado chama «uma das cenas mais constrangedoras da história do futebol brasileiro». 

O responsável citado pela agência brasileira não diz se o sumiço da Taça, numa altura em que não foi ainda atribuído o título, pode enquadrar-se na categoria de furto. 

O Estado diz ainda que o paradeiro mais provável da Taça é mesmo São Januário, o estádio do Vasco. E cita Eurico Miranda: «Com relação a essa questão da Taça só vou falar depois.» 

A notícia surge numa altura em que mesmo o Vasco da Gama parece ter adoptado uma posição mais flexível sobre a questão da decisão do título, admitindo a realização de um novo jogo. A decisão final caberá ao Clube dos 13, organização responsável pela competição, que deverá anunciar a sua posição na próxima segunda-feira.