A atribuição do título de vencedor da Taça João Havelange só deverá ser conhecida na próxima semana, uma vez que a indisponibilidade de oito elementos do Comité Executivo do Clube dos 13, a quem caberá decidir a posse do troféu, obrigou ao adiamento da reunião prevista para o efeito. 

Eduardo Negrão, assessor de imprensa da entidade, afirmou que «a intenção do Clube dos 13 é realizar a reunião o mais depressa possível», no entanto salientou que está a ser difícil juntar todos os elementos.  

Este adiamento vem adensar ainda mais o imbróglio jurídico em que se transformou a situação, motivada pela queda de uma vedação no estádio São Januário. O acidente, que provocou mais de cem feridos, obrigou à suspensão da final entre Vasco e São Caetano e, com o passar dos dias, a hipótese de o título ser atribuído aos dois finalistas ganha cada vez mais consistência, até pelo facto de muitos dos jogadores terem entretanto terminado contrato com os clubes. 

Entretanto o jornal brasileiro on-line Gazeta Esportiva salienta que, no caso de o título ser repartido pelos dois finalistas, o campeão poderia ficar definido por sorteio, para efeitos de participação nas provas internacionais. Caso a CBF resolva atribuir o troféu às duas equipas, a Confederação Sul-Americana de Futebol terá que sortear um campeão para poder constituir os grupos da Taça Libertadores da América. 

Assim o campeão simbólico da Taça João Havelange integraria o grupo 7 da Taça Libertadores, juntamente com o Defensor Sporting, do Uruguai, o Olmedo, do Equador e o Cruz Azul, do México. Em contrapartida, o vice-campeão brasileiro seria colocado num grupo mais forte, juntamente com o Peñarol, do Uruguai, o América Cali, da Colômbia e o Táchira, da Venezuela.