Bruno Metsu, seleccionador do Senegal, não cabia em si de contente depois da vitória (2-1) dos «Leões de Teranga» sobre a Suécia, com um golo de ouro no prolongamento. «Foi formidável. Este grupo é excepcional. São uns rapazes formidáveis, têm uma personalidade muito própria. Eu limito-me a deixar que a sua personalidade extravase», começou por dizer o técnico de origem francesa.

Uma vitória saborosa pelo velor do adversário. «Foi um jogo de loucos, muito bonito. O início do jogo foi muito difícil para o Senegal com um golo madrugador da Suécia que é um adversário muito forte, que acabou a primeira fase à frente da Inglaterra e da Argentina. Conseguimos o empate e deve ter sido difícil para a Suécia perder por morte súbita», referiu o técnico ainda eufórico.

Bruno Metsu defende que o feito do Senegal, a segunda equipa africana a chegar aos quartos-de-final de um Mundial, não é fruto do caso. «Estou muito contente por termos vencido este forte adversário. A Suécia vinha de uma série de 16 jogos sem perder, e o Senegal está contente por ter vencido o 17º. Agora vamos pensar em recuperar. Conseguimos um dos nossos objectivos e não foi por sorte. Estamos a assistir ao nascimento de uma grande equipa», explicou.

Nos quartos-de-final, o Senegal vai defrontar o vencedor do Japão Turquia. Ao contrário do que é habitual, Metsu não escondeu as suas preferências. «Ambas as equipas são muito fortes. Mas gostava de defrontar o Japão no Japão. Podia ser um jogo muito bom. A Turquia pode ser um adversário mais difícil. Será um jogo muito diferente com a Turquia», contou.

A concluir as suas declarações, Metsu quis dedica a vitória «não só ao Senegal, mas a toda a África e também à França».

«Calor e cansaço diminuiram-nos», diz Lagerback

Lars Lagerback, um dos seleccionadores da Suécia, considerou o resultado injusto, mas não deixou de felicitar o adversário. «Devo felicitar o Senegal. Eles foram muito físicos, muito fortes e nós fomos tão bons como eles», destacou.

O técnico sueco considera que os seus jogadores acusaram um certo desgaste provocado pelo jogo do chamado «grupo da morte». «Temos um grupo de jogadores fantásticos e eles estavam concentrados para o jogo, mas, mentalmente e fiscamente, estavam um pouco fatigados após três jogos muito dificeis», explicou.

Além do cansaço, Lagerback chamou ainda a atenção para a alta temperatura que se fez sentir à hora do jogo. «Fez muito calor hoje. Isto, depois dos três jogos, acabou por nos diminuir um pouco. Não posso dizer que estou satisfeito, mas, ao olhar para tudo o que fizemos, posso dizer que os meus jogadores tiveram uma boa prestação», concluiu.