Está tudo pronto. A abordagem psicológica, a abordagem táctica. Chegou ao fim uma semana marcada por muito trabalho teórico e pouco de campo, que o mau tempo na Madeira impediu a equipa de treinar. José Peseiro já fez as suas escolhas, agora dá contas das noites mal dormidas que se seguem a uma convocatória e da angústia nos momentos que antecedem o jogo. A história está perto do fim.

José Peseiro, em discurso directo:

«Eu acho que sou justo nas convocatórias. Tenho é que admitir é que o meu sentido de justiça é diferente do deles. É difícil, para quem tem 28 jogadores super motivados para jogar, depois de uma semana brilhante em termos de empenhamento no trabalho.

Sempre que deixo um jogador de fora, não são noites boas, pois sei que o estou a impedir de fazer uma coisa que ele gosta de fazer. Preocupa-me, mas tem de perceber, que a expressão do jogo de amanhã, tem ver só com 11, mas sim com os 28.

Há semanas em que os factores físicos determinam os micro-ciclos, mas esta semana não. Foi uma semana técnico-táctica. Daqui a duas semanas, entre o Leiria e o Moreirense, aquela semana vai ser determinada pelos factores físicos.

Esta semana, embora treinando, sempre essa vertente nos aquecimentos e alguns exercícios específicos, tudo o resto é trabalho estratégico. Mas o jogo, também leva ao trabalho da condição física.

Tivemos muitas conversas individuais, pois não pudemos treinar ao longo da semana (devido ao mau tempo na Madeira e às condições do relvado da Choupana). Para a vertente psicológica, o professor Carlos Silva é que trata dessas questões.

Ainda não lhes disse o «onze», mas há indicadores para perceberem quem vai jogar. Se tivéssemos perdido com o Beira Mar, já sabiam todos quem iria jogar. Assim, têm um ou dois por cento de dúvida. Na derrota não pode haver dúvidas de quem joga.

Pelo que fizemos em Aveiro (vitória por 2-0) estou optimista. Não estou a dizer que os jogadores do Beira-Mar são os do Benfica, mas se calhar, em termos de estratégia e até em certos jogadores, as características são semelhantes. Fizemos ainda um treino na Camacha que deu para ensaiar algo em relação à estratégia. O Beira-Mar foi um bom ensaio, embora os artistas sejam outros, mas estrutura é a mesma.

Mas só às 21 horas é que vamos ver se a mensagem foi passada. Em campo não podemos ver se perceberam o que queremos fazer, pois não conseguimos treinar. O mais grave é que esta semana o trabalho foi mais teórico do que prático, pois não pudemos treinar no campo. É um bocado às escuras.»

Final da história:

Nacional-Benfica, 1-0Ficheiros secretos: como Pesehttp://www.maisfutebol.iol.pt/nacional/geral/cadernos-de-peseiro-i-antes-de-mais-controlar-a-ansiedade_id=58769&mf_club=0&num_jog=0&p_sondagem=0&p_voto=0">Cadernos de Peseiro (I): antes de mais, http://www.maisfutebol.iol.pt/geral/nacional/cadernos-de-peseiro-ii-analise-de-um-benfica-pouco-consistente_id=58770&mf_club=0&num_jog=0&p_sondagem=0&p_voto=0">Cadernos de Peseiro (II): análise de um Benfichttp://www.maisfutebol.iol.pt/geral/nacional/cadernos-de-peseiro-iii-quem-marca-quem-enervar-zahovic_id=58771&mf_club=0&num_jog=0&p_sondagem=0&p_voto=0">Cadernos de Peseiro (III): quem marca quehttp://www.maisfutebol.iol.pt/geral/nacional/cadernos-de-peseiro-iv-testes-disfarcados-para-medir-confianca_id=58772&mf_club=0&num_jog=0&p_sondagem=0&p_voto=0">Cadernos de Peseiro (IV): testes «disfarçados» para medir confiança