Paralelamente à carreira do Paços de Ferreira na Taça de Portugal surge outro tema forte e a abranger o momento da equipa: a renovação contratual do treinador José Mota. O vínculo do técnico expira no final da temporada e ainda não há consenso para a prorrogação até porque tudo está dependente dos objectivos do clube para a nova temporada. No discurso do técnico nota-se algum desgaste no sentido de se ver forçado a conviver com um orçamento limitado que o leva a procurar alternativas nos escalões secundários para suprimir as vendas.

No entanto, Mota sublinha que o facto de as negociações estarem em banho-maria «nada tem a ver com este jogo» referente à meia-final, frente à U. Leiria, que pode colocar a sua equipa no Jamor e até nas competições europeias, mas unicamente com outros vértices. «Temos muitas limitações. Somos o clube que mais tem vendido, que mais formação tem conseguido e sempre no mercado das divisões inferiores. É um trabalho difícil para ombrearmos com outros adversários mais valiosos», sublinha, considerando que estes são «factores pendentes da conversa a ter com a Direcção».

Para já, as duas partes ainda não se irão reunir e o confronto de ideias só está agendado «quando o Paços de Ferreira assegurar a permanência» na Superliga, até porque «há uma certa indefinição em torno da Direcção» que pode não continuar à frente dos destinos do clube. «Mas vamos chegar a entendimento», considera, afirmando que «seria importante» a equipa da capital do móvel participar na Taça UEFA no sentido de isso poder significar a sua continuidade num patamar mais estável.

O excelente trabalho de José Mota, marcado por resultados importantes e por posições estáveis na tabela classificativa, tem feito do treinador um alvo apetecível de alguns clubes arrojados do futebol português: «Ao longo destes anos tenho recebido convites e isso deixa-me satisfeito, mas este clube merece-me respeito. Não trocarei o Paços de Ferreira de uma forma leviana, mas as coisas têm de ser organizadas e aliciantes, senão não aceitarei», exprime-se sobre uma possível saída.