No final da época 1992-93, Carlos Alberto Silva saía do F.C. Porto com a conquista do bicampeonato - o terceiro da história do clube das Antas ¿ depois de lançar alguns nomes desconhecidos na alta-roda do futebol português: Rui Jorge, Paulinho Santos e Bino são alguns dos exemplos mais flagrantes da tendência inovadora do treinador brasileiro.

Durante algum tempo, o seu nome chegou a estar associado aos grandes nomes nacionais, especialmente em épocas de sucessão tanto nos azuis e brancos como no Benfica, mas o novo técnico do Santa Clara esclarece que o único assédio concreto de um clube português, antes do emblema açoriano, «foi uma proposta do Farense», numa altura em que «tinha contrato e não podia sair» para o estrangeiro.

No aeroporto Francisco de Sá Carneiro, no Porto, onde fez escala depois de uma longa viagem do Brasil até aos Açores para vai assinar contrato com o Santa Clara até ao final da época, Carlos Alberto Silva esclareceu que nunca esteve próximo do F.C. Porto em nenhum momento: «O F.C. Porto nunca me chamou e o no Benfica só houve especulação, nunca interesse. Uma vez conversei com um presidente do Benfica, que me pediu informação de dois jogadores brasileiros. Nunca discutimos nada para além disso».

Depois de estar há cerca de um ano desligado do futebol ¿ tinha saído do Guarani para tratar de negócios particulares ¿ foi abordado pelo Santa Clara e não pensou duas vezes: «Foi o meu primeiro convite nesta fase nova de inactividade. Conheço a situação do Santa Clara, mas amo este país», confessou relativamente ao último lugar dos açorianos na tabela classificativa.