Jorge Costa e Fernando Couto formaram, durante muitos jogos, a dupla de centrais da selecção nacional, tal como antes já sucedera no F.C. Porto. O «capitão» do clube azul e branco abandonou a equipa nacional pouco depois do Mundial de 2002, depois de ter vestido por 50 vezes a camisola das «quinas». Fernando Couto prepara-se para a sua 100ª internacionalização, um marco importante na sua carreira, que deixa o seu colega e amigo Jorge Costa «extremamente contente».

«O Fernando cresceu comigo e tive o prazer de jogar com ele no F.C. Porto. Para além da sua qualidade como jogador, tem qualidades humanas fantásticas. É meu amigo e portanto é para mim uma grande alegria saber que vai conseguir 100 internacionalizações pela selecção A», revela o defesa-central dos «dragões».

Para Jorge Costa, há diversas razões que ajudam a explicar este caso ímpar de longevidade ao serviço da selecção nacional: «Conheço-o bem e sei que é bom profissional. Para além disso, teve a sorte de não ter sofrido lesões e ter sido sempre opção dos treinadores. Acima de tudo, trabalha bem e tem valor para isso».

Na sua opinião, Fernando Couto atingiu a marca das 100 internacionalizações «pela experiência que tem, pela sua maneira de trabalhar no dia-a-dia e porque, na hora da verdade, mostra que é tão bom ou melhor do que os outros».

Foram tantos os jogos em que estiveram lado a lado, que Jorge Costa tem dificuldades em escolher um que os tenha marcado de forma especial. Por isso, prefere salientar «o facto de ter podido jogar ao lado de um jogador como o Fernando Couto».

Cumplicidade em campo, amizade na vida pessoal

O bom entendimento entre ambos era notório. Cumplicidade poderia ser uma boa palavra para definir essa relação tão especial, mas o «capitão» do F.C. Porto considera que tudo se deve a uma sólida e longa amizade. «Sempre me senti bem a jogar ao lado do Fernando e sei que ele se sentia bem a jogar ao meu lado. Conhecemo-nos bem e quando se forma uma dupla é importante haver uma boa relação fora de campo. Éramos companheiros de quarto, somos amigos íntimos, as nossas famílias conhecem-se bem. E quando a relação é óptima as coisas dentro de campo também correm melhor», explica.

Pelo que conhece do seu ex-companheiro, não tem dúvidas em afirmar que «a braçadeira da selecção está bem entregue», porque «fora de campo é um jogador que se preocupa com todas as outras situações e preocupa-se essencialmente em ajudar sempre os companheiros».

Jorge Costa acredita que Fernando Couto vai ser titular da equipa portuguesa no Euro 2004: «Estamos a pouco tempo do campeonato europeu e pelo que tenho visto nos jogos, ele está bem. Com certeza que pelo menos até ao Euro 2004 seguirá com a selecção».

Atingir uma centena de internacionalizações é uma meta única, que merece uma mensagem especial do seu antigo companheiro de equipa. «Parabéns pela brilhante carreira que tem e espero que consiga chegar às 150 internacionalizações» deseja Jorge Costa.

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