Gelou um estádio repleto com a sua aparição breve e inesperada. Decorria o dia de 29 de Setembro de 98 e os escoceses convenciam-se de que tudo estava resolvido. Foi aí que o «assassino silencioso» - epíteto colocado pela imprensa da Escócia ¿ resolveu atacar. 

Soderstom está, agora, no F.C. Porto, mas continua a assustar os jornalistas escoceses. O episódio aconteceu quando jogava no Guimarães e fez tremer o Celtic quando empatou o jogo da segunda mão, a três minutos do fim, dando argumentos aos portugueses para tentarem igualar a eliminatória. No Estádio D. Afonso Henriques a equipa de Glasgow tinha vencido por 2-1 e quinze dias depois, o sueco apontou fez o 1-1, abrindo uma fresta na esperança dos vimaranenses. Só que Henrik Larrson foi mais mortífero ainda e fez o 2-1 aos 90m, completando o ciclo de horror iniciado em Portugal, onde tinha marcado logo no primeiro minuto. 

A dois dias do jogo da Liga dos Campeões do reencontro entre Soderstrom era necessário ouvir a opinião do jogador. Surgiram palavras breves, mas incisivas, a revelar que o temível médio está pronto para triunfar. «Ambas as equipas vão querer vencer. Vai ser um jogo de grande luta e de grande guerra», avisa. 

Para o Porto é imperioso vencer se ainda quer alimentar a esperança de se apurar para a próxima fase. «É um jogo importante para nós, mas não sei se será decisivo. Só sei que temos de vencer, como acontece em todos os jogos. Para isso é preciso entrar bem no jogo para mostrar ao adversário que queremos os três pontos, é que se não venceremos tudo fica mais complicado para nós». 

Umas referências do adversário é, obrigatoriamente, o ponta-de-lança Henrik Larsson, maior goleador europeu na época passada e em grande forma. Soderstrom já jogou contra ele pelo Guimarães, mas também ao seu lado na selecção sueca. Conhece bem o compatriota, por isso deixa o aviso: «É um grande jogador, muito perigoso. Temos de ter muito cuidado e cair em cima deles».