O longo romance, feito de pormenores dúbios e pouco claros, que envolve a retenção do certificado internacional de Miran pela federação do Maranhão começa a motivar a impaciência do avançado brasileiro, cuja estreia na I Liga vem sendo adiada sucessivamente, para lamento de Manuel Cajuda. 

O Braga já tem um advogado no Brasil, na intenção de desbloquear a situação, mas o jogador, céptico, vê o caso «um pouco complicado», pelo simples facto de o Sampaio, o seu clube anterior, falar em transferência e reclamar o direito à respectiva indemnização. A história não será exactamente assim, acrescenta Miran. «Não dei dinheiro ao clube, porque o passe é meu», conta o avançado, admitindo, contudo, a precipitação da saída: «Faltava um mês para terminar contrato e vim embora». 

Miran terá garantido uma verba ao Sampaio a troco da precoce desvinculação, que ainda não endossou ao clube brasileiro. «Ficou combinado», assume, «mas não posso dar aquilo que não tenho». Com um advogado mandatado pelo Braga já no Brasil, o avançado espera agora que «a situação se resolva o mais depressa possível», ao ponto de planear a estreia «já para o próximo fim-de-semana».