Costinha explicou ter sido surpreendido no primeiro golo do Benfica porque viu um gesto do árbitro que interpretou como sendo um sinal de que só autorizaria a marcação do livre depois de apitar. O livre foi marcado rapidamente, Nuno Gomes apareceu isolado e inaugurou o marcador, mas o guarda-redes leiriense, mesmo no final do jogo, ainda não estava conformado.

«No primeiro golo do Benfica estou a fazer a barreira porque me apercebi que o árbitro tinha feito um sinal a dizer que só quando apitasse o livre seria marcado», contou ao Maisfutebol. «Foi essa a leitura que fiz do lance, por isso protestei e vi o amarelo. Os seus gestos deram-me a perceber que ele iria apitar, mas ele é que manda. Não posso estar contente com a decisão, mas não há nada a fazer.»

Esse não foi, no entanto, o único lance em que o guarda-redes ficou com razões de queixa da arbitragem. O segundo golo do Benfica, na vitória por 3-1, surgiu de um penalty - que levou também à expulsão de Renato - que, na óptica de Costinha, não existiu. «Estou de frente para o lance e vejo que o Renato está encostado ao Nuno Gomes. O Nuno tem as mãos para trás e deixa-se cair. Não sei se houve algum toque, mas que eu tenha visto não houve.»

Aí, o Leiria ficou a perder e a jogar com menos um e já não conseguiu recuperar. «Como foi isso, teria sido outra coisa qualquer», respondeu Costinha à pergunta se teria sido esse o lance decisivo do jogo. «De qualquer forma, a equipa saiu de cabeça erguida. Fizemos um bom jogo, equilibrámos depois do primeiro golo, tivemos mais oportunidades e acabámos a primeira parte melhor que o Benfica.» 

No encontro da Luz o guarda-redes arrancou uma excelente exibição, mas esse é um pequeno (muito pequeno) consolo depois da derrota e da forma como aconteceu. «Estava preparado para o que desse e viesse, a contar com muito trabalho, como aconteceu. É normal quando se vem à Luz, mas não posso estar satisfeito.»