O próximo jogo do União de Leiria é com o Boavista, em casa. Éder, expulso em Alvalade, considerou que foi esse um motivo para os exageros disciplinares do árbitro Bruno Paixão, que fazem com que os leirienses não possam utilizar nenhum dos quatro jogadores que compuseram a defesa em Alvalade, por castigo - João Manuel, Renato, Éder e Nuno Valente. 

Mário Reis, o treinador da equipa, não quis comentar directamente esta afirmação, mas pelas outras coisas que disse fica a ideia que concorda. «Levámos cinco amarelos e dois vermelhos, temos mais um encontro no domingo e toda a defesa que jogou aqui em Alvalade não vai poder jogar. Vou ter que inventar uma defesa nova. Pelos cartões mostrados parece que houve aqui uma batalha campal, quando o jogo foi um espectáculo, especialmente na primeira parte», afirmou. 

«O futebol tem coisas que não sabemos como acontecem mas que acontecem. Estávamos a intrometermo-nos no meio de Benfica, F.C.Porto, Boavista e Sporting e preveni os jogadores durante a semana que íamos ter toda a gente contra nós. Estamos a incomodar muita gente e se calhar vão tentar atirar o União de Leiria para fora daquele lugar.» 

Para a partida com o Boavista, então, vai ser precisa muita imaginação, mas a ambição mantém-se. «Vai ser mais um encontro difícil, contra um adversário que até ao jogo de hoje era primeiro classificado. Vamos fazer remendos mas vamos tentar tudo por tudo para ganhar.» 

Na ressaca da partida de Alvalade ficou ainda mais uma crítica para o árbitro Bruno Paixão e a certeza de que vai ser mais uma semana a avisar os seus jogadores para terem cuidado. «Um jogador meu desabafou mas não pode desabafar. Não podem dizer nada que os árbitros apitam. Enquanto um jogador dos quatro grandes pode ter certos desabafos, as equipas pequeninas não podem desabafar. Não podemos sequer dizer ai, porque vamos levar um amarelo se o fizermos.»