José Alberto Costa, treinador do Varzim, surgiu na sala de Imprensa acompanhado pelo capitão Alexandre e o sub-capitão Miguel naquilo que apelidou «num gesto simbólico de união» depois de um resultado extremamente pesado: «Em certas alturas, numa derrota por 7-0, é necessário sofrermos juntos e estarmos unidos», justificou, mostrando a sua «solidariedade» com o grupo de trabalho, na sequência de um resultado que «não acontece muitas vezes» e, no seu caso pessoal, «é a primeira vez» que sofre um desaire tão pesado. Por isso, «é preciso acarinhar» os futebolistas.

Explicações dadas, o treinador do Varzim reforçou a ideia que, por sua vontade, continua de pedra e cal no comando técnico da equipa, apesar de não comentar totalmente as afirmações do presidente (Luís Oliveira diz que vai «pensar») depois de uma derrota tão massacrante. «Sobre isso não falo, mas se me sentisse sem forças não estava aqui a falar», adiantou o técnico, sublinhando ainda que «é preciso esquecer a Taça de Portugal e dar uma resposta» no próximo encontro da Superliga, frente ao V. Guimarães.

Sobre o jogo e a consequente eliminação do Varzim na Taça de Portugal, José Alberto Costa apontou um conjunto de situações anormais que explicam o volume da goleada: «Muita coisa nos correu mal e houve várias incidências, por exemplo algumas decisões da equipa de arbitragem que foram um bocado infelizes. Das três grandes penalidades, só uma me parece ter existido, o lance protagonizado pelo Miguel», começou por dizer, enumerando ainda outros factores: «Nas três substituições duas delas foram forçadas. Tivemos uma lesão e uma expulsão. Quebrámos em termos anímicos e com o desenrolar dos golos fomo-nos desmembrando», sublinhou.

Por fim, o treinador do Varzim diz ter ficado desagradado com o facto de ter sido o guarda-redes Nuno a marcar a grande penalidade que originou o último golo do jogo: «Não gostei. Fico-me por aqui e não faço qualquer comentário sobre isso».

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