A figura: Ney Santos

Num jogo tão pobre não é fácil encontrar um homem em destaque, mas Ney Santos merece a distinção pelo que representa. É, por ventura, o homem chave do esquema de José Mota. Faz várias posições, desdobra-se bem para preencher os espaços vazios e ainda tem pulmão para atacar. Uma voz de comando num exército afinado,mas sem poder de fogo.

O momento: Leonardo diz não ao golo

Minuto 17. Lance estudado do Gil Vicente. César Peixoto ameaça o remate num livre e foge para a esquerda. André Cunha também ameaça mas entrega a Peixoto que dá o golo numa bandeja a Leonardo. O brasileiro, a um metro da baliza e sem guarda-redes, acerta mal na bola e esta sai paralela à linha de golo e para gora.

Outros destaques

César Peixoto

O maestro gilista não desenhou a mais bela das sinfonias, mas também não incomodou quem o seguiu. Não foi brilhante nem medíocre. Foi presente, sobretudo na maior fase de assédio gilista, foi dinâmico e ainda saiu da sua mente a melhor ocasião do Gil, que Leonardo desperdiçou.

Leonardo

A sua exibição ficaria sempre manchada pela perdida incrível ao minuto 17. Com a baliza a um metro e sem ninguém a incomodá-lo, acertou mal na bola e atirou ao lado, fazendo uma paralela, quando queria traçar uma perpendicular para o golo. No resto do tempo mostrou alguns pormenores de qualidade a jogar de costas para a baliza e como apoio dos extremos. Mas não teve o instinto que se pede a um ponta de lança.

Meyong

Matreiro no ataque fez uso da sua experiência para massacrar os centrais gilistas que nunca tiveram um jogo tranquilo. Não marcou nem esteve perto, é certo, mas por falta de serviço dos companheiros.

Pedro Santos

Agitou as hostes saindo do banco. Teve o golo nos pés, mas deslumbrou-se perante Adriano. Causou mais perigo, ainda assim, do que Miguel Pedro que até jogou de início.