Ludovic Giuly, jogador do Mónaco, apresentou um pedido de desculpas público a Zinedine Zidane por ter contado o que o seu companheiro de selecção lhe disse ao intervalo do jogo que ditou a eliminação do Real Madrid da Liga dos Campeões. Uma frase inocente que terá tido influência na vitória dos monegascos e que ganhou grande dimensão na imprensa espanhola.
Tudo aconteceu ao intervalo do jogo, poucos minutos depois de Giuly ter marcado o golo do empate (1-1), depois do Real ter vencido o primeiro jogo por 4-2. Em tom de brincadeira, o capitão do Mónaco abeirou-se de Zizou e pediu-lhe para o deixar marcar mais um golo na segunda parte, dizendo-lhe que, assim, o Mónaco ganhava o jogo e o Real Madrid a eliminatória. Para seu espanto, Zidane riu-se e atirou: «Não vês que estamos aflitos?».
Esta frase terá motivado o jogador do Mónaco que apressou-se a transmitir o estado de ânimo dos merengues aos seus companheiros que no segundo tempo marcaram mais dois golos e seguiram para as meias-finais da Liga dos Campeões. No final do jogo, Giuly, ainda eufórico, contou o que se passou no túnel diante das câmaras do Canal Plus e a frase do francês ganhou destaque nos jornais espanhóis e servem, agora, para explicar a falta de motivação que Zizou revelou no jogo com o Osasuna que o Real perdeu por 0-3.
Depois de ter tomado conhecimento da dimensão que a «brincadeira» adquiriu, Giuly tentou contactar o seu companheiro de selecção, mas não o conseguiu. «Quero pedir-lhe perdão. Tentei ligar-lhe para o fazer. Espero que isto não mude a nossa relação. Mais tarde ou mais cedo vamos falar sobre isto», contou Giuly ao jornal espanhol «Marca».
O jogador do Mónaco tentou ainda desvalorizar o que se passou a caminho dos balneários do Estádio Louis II. «Estávamos a brincar. Não disse nada para o ferir. Foi um momento de euforia», contou, acrescentando que ficou surpreendido com a dimensão que a polémica adquiriu. «O mais desolador foi ver os grande títulos dos jornais. Tenho que falar com Zidane sobre isto. Deveria ter ficado calado e não ter contado, mas não tive qualquer má intenção», referiu.