Ibrahima Touré foi o melhor marcador do Mónaco na época passada e os seus 18 golos deram uma grande ajuda para o regresso ao primeiro escalão, mas na avalanche de contratações do clube do Principado ficou para trás. Não faz parte das escolhas de Claudio Ranieri e agora acusa o clube de lhe cortar as pernas, não o deixando sair.

«Se o Mónaco está na Ligue 1, é um pouco graças a mim. Tento manter o moral, mas nao é fácil. Eles querem cortar-me as pernas. É injusto», disse o senegalês ao LÉquipe, ele que não integrou o estágio da equipa na Áustria, nem integrou as opções agora na viagem para Inglaterra, reafirmando que Ranieri nunca falou com ele para lhe dar qualquer explicação e garantindo que estava disposto a aceitar não ser primeira escolha, estando tapado por nomes sonantes, com Falcao à cabeça: «Li que o treinador achava que eu não tinha boa mentalidade para aceitar viver os jogos no banco. Não é verdade.»

Touré diz que tem propostas para sair, mas o clube não mostra abertura. «Há clubes interessados, nomeadamente o Saint-Etienne. Também ouvi falar de uma abordagem do Rennes. Há clubes que fazem propostas mas são recusadas porque o clube quer dinheiro. 5 milhões. É muito para um jogador que compraram por 1,2 milhões. O clube impede-me de sair», diz, falando ainda numa proposta do Al Ain, dos Emiratos Árabes Unidos.

Vadim Vasilyev, diretor desportivo do Mónaco, diz que não é bem assim, em declarações ao LÉquipe: «Ninguém lhe quer mal. O que ele diz é excessivo. Sabemos o que ele deu ao clube, mas ele disse que aceitaria as escolhas desportivas. Tentamos encontrar soluções para ele.»