Yannick Djaló deparou-se com uma cara conhecida esta quinta-feira quando chegou para o primeiro treino no Nice. Pelo menos em três ocasiões, nos últimos dois anos, o avançado que deixou Alvalade para rumar a França conheceu a marcação de Kevin Gomis, ex-central da Naval.

Agora, são colegas de equipa e o francês até foi o seu primeiro mestre-de-cerimónias. Em comum, os dois jovens jogadores têm ainda as origens guinienses e o facto de terem recusado jogar pela selecção de Norton de Matos.

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«Apesar de só ter chegado há um par de meses ao clube, fiz um pouco o papel do colega mais velho, apresentando-o às pessoas e mostrando-lhe as instalações do clube. Deu-me jeito para voltar a praticar português, embora ele tenha feito um esforço para falar francês. Passou-se tudo muito bem. Eu próprio ainda estou a instalar-me mas podemos continuar a descobrir a cidade no futuro, sem problema», desvenda o jovem defesa ao Maisfutebol.

A chegada de Djaló a Nice só não deixou Gomis atónito porque já estava a par do processo mas, ainda assim, deixou-o surpreso: «Francamente, fiquei surpreendido. Pensava que teria outros clubes mais prestigiados atrás dele. Sabia da possibilidade, porque continuo a ler os jornais portugueses e os dirigentes também já me tinham perguntado se ele era bom, o que eu confirmei sem hesitar. Aliás, disse-lhes que é um super jogador.»

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Em suma, Gomis mostra-se encantado com a contratação do avançado formado no Sporting e acredita que a equipa ficou bem mais forte. «É uma grande aquisição para o Nice. Todos o conhecem: é rápido, bom tecnicamente e tem muita experiência. Pode fazer algo de importante por nós», vaticina.

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Incompreendido em Alvalade, tantas vezes alvo da ira dos adeptos, Yannick Djaló terá agora oportunidade de explanar o seu futebol longe dos dedos acusadores, dos apupos e toda a maledicência. Um cenário difícil de entender para Gomis: «Não percebo. Nos jogos em que jogou, foi sempre decisivo.»