O jogo Gondomar-Dragões Sandinenses decorre em ambiente normal. A partida entre o líder e o segundo classificado da Zona Norte da II Divisão B, que se realiza no final de uma semana marcada pela «Operação Apito Dourado», chegou empatada sem golos ao intervalo, num estádio completamente cheio, com esmagadora maioria de adeptos do Gondomar.
Rodeado de um aparatoso dispositivo policial, o jogo foi antecedido de repetidos apelos à calma feitos pelos dirigentes e, já no relvado, pelo «speaker» de serviço, que pediu «calma e tranquilidade».
O árbitro Cosme Machado, de Braga, expulsou já um jogador dos Dragões Sandinenses - Chico Silva viu o segundo amarelo aos 23. As suas decisões têm recebido alguma contestação de adeptos tanto de um como do outro lado - os visitantes são cerca de cinco dezenas -, nada no entanto mais acentuado do que o «normal» nos estádios portugueses. O mesmo se aplica aos assobios à equipa visitante.
A lotação de cinco mil pessoas está completamente esgotada, havendo mesmo adeptos junto ao relvado, atrás dos painéis publicitários. Os adeptos levaram várias faixas alusivas à investigação policial em que o clube é peça central, bem como de apoio ao presidente do Gondomar, José Luís Oliveira, o único dos 16 detidos desta semana que ficou em prisão preventiva.