O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, falou sobre a situação da bancada no Estoril-FC Porto, pedindo atenção das autoridades competentes. 

«Temos de estar todos cada vez mais atentos para garantir que todas as condições de segurança estejam garantidas para que as pessoas possam usufruir de espectáculos desportivos», disse o governante à margem da 22.ª Gala do Desporto, que decorreu no Casino Estoril.

João Paulo Rebelo elogiou a intervenção das forças de segurança e da Liga no local. «Muito rapidamente se percebeu que houve uma muito boa coordenação de todos os agentes. O desfecho foi pacífico, entre todas as partes. As coisas correram bem», frisou.

João Paulo Rebelo foi confrontado com as acusações por parte do FC Porto, que pediu a demissão do Secretário de Estado, considerando que este não tem condições para exercer a sua função e justificou o clima de crispação no futebol português com o facto de apenas uma equipa entrar diretamente na fase de grupos da Liga dos Campeões 2018/19.

«Sinto-me muito confortável nas funções que desempenho. Toda a gente percebeu o que estava em causa com essas declarações. Este é um ano em que há uma competitividade acrescida, uma vez que apenas uma equipa poderá entrar diretamente na Champions. Isso acrescenta alguma competitividade no terreno de jogo, mas também fora dele», afirmou.

O secretário de Estado disse que a resolução dos recentes conflitos no futebol nacional, como o caso dos alegados e-mails do Benfica, «não é uma responsabilidade exclusiva do Governo» e frisou que este é um trabalho que deve ser «feito em parceria com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga de clubes».

«No final do ano passado, apresentámos um conjunto de medidas que serão conhecidas publicamente, algumas das quais terão seguimento na Assembleia da República, nomeadamente no que diz respeito à lei da violência no desporto. A FPF tem dado passos importantes para uma tranquilidade no setor e a Liga de clubes tem feito o mesmo. O Governo não se demarca, mas, muitas das vezes, parece que a responsabilidade é única e exclusivamente do Governo, quando não é», vincou.

João Paulo Rebelo rejeitou que «haja um clima de guerra no futebol português», embora tenha condenado os episódios de violência que vão acontecendo em redor da modalidade.