Vittek, um golo para a história

O avançado do Ankaragucu entrou para a história do futebol eslovaco. Aproveitou da melhor forma duas excelentes assistências de Hamsik e rematou por duas vezes a contar, para colocar a Eslováquia nos oitavos-de-final do primeiro Mundial que disputa. Fartou-se de lutar e de tentar, pelo que mereceu inteiramente a distinção.

Hamsik, um pouco de arte na força

É o elemento que transmite mais talento à pouco talentosa formação eslovaca. Jogando atrás do ponta-de-lança, tem liberdade para se movimentar por vários espaços e pensar o futebol da equipa. As assistências para os golos de Vittek, depois de duas recuperações de bola, tornam-no também numa das maiores figuras do jogo.

Kucka, um remate de meter respeito

O médio do Sparta Praga ergueu com Strba uma muralha de betão à frente da defesa. São dois jogadores pouco habilidosos, algo limitados até, mas fortes fisicamente, altos e que jogam simples. Por isso foram segurando o ímpeto da Itália na segunda parte. Pelo meio Kucka tentou o remate de longe e por duas vezes ameaçou o golo.

Stoch, sempre de olhos na baliza

O extremo foi uma dor de cabeça para a defesa italiana. Rápido, prático e sempre de olhos na baliza, o jovem (21 anos) do Kaiserlautern caiu em cima da defesa adversária e tratou de encontrar espaço para o remate. Sobretudo na segunda parte, foi um perigo à solta. Ficou mesmo perto de marcar, mas a bola saiu ao lado.

Kopunec, efeito atrasado, efeito imediato

Esteve para entrar antes do intervalo, quando Strba caiu e ficou ferido num joelho. Quando já estava prontíssimo para entrar, o colega fez sinal que ia continuar. Kopunec voltou a sentar-se, a substituição ficou sem efeito. Já perto do fim, entrou mesmo. E dois minutos depois, na primeira vez que tocou na bola, fez o terceiro dos eslovacos. Uma entrada com efeito imediato e decisiva para apurar a equipa.

Montolivo, o exemplo do desalento

O médio da Fiorentina jogava como médio centro e tinha a missão de pensar todo o futebol italiano. No fim, foi uma decepção: lento, arrastado, complicado, ausente e abatido, fez tudo mal. Nunca pegou no jogo, não serviu os companheiros, não teve a bola nos pés e até em boa posição rematou completamente ao lado.

Chiellini e De Rossi, tanta displicência

A derrota, que mandou a Itália, passou muito por eles. Não passou inteiramente porque toda a equipa transalpina foi uma nódoa, mas começou neles. De Rossi fez um passe em zona defensiva proibido, perdeu a bola e lançou o primeiro golo. Chiellini ficou a dormir no pedaço e permitiu que Vittek lhe fugisse para o segundo golo.

Quagliarella, tanto talento, para nada

Mexeu com o jogo dos campeões do mundo. Entrou para fazer a diferença, uma vez que tem talento. Desenhou a jogada do primeiro golo italiano, com Iaquinta. Marcou um em fora-de-jogo e ainda deu esperança com um golaço, de chapéu, de fora da área. Antes, já tivera outra hipótese para marcar, mas o joelho de Skrtel impediu a bola de passar a linha. Talento a mais para os italianos, que o deixaram no banco. Assim, não deu em nada e a Ália ficou eliminada.