Pep Guardiola fez, nesta terça-feira, a antevisão ao clássico, da Taça do Rei, ante o Real Madrid em Camp Nou. O treinador do Barcelona espera que seja um grande jogo de futebol e que o plano extra-desportivo não se sobreponha ao futebol e espera que o que aconteceu com Figo não aconteça com Pepe.
«O mais importante é que venham para ver um jogo de futebol entre duas grandes equipas, que disfrutem e que aninem, e que se esqueçam de tudo aquilo de que se tem falado nos últimos dias. Deixemos o Pepe em paz. Se o seu treinador o quer pôr a jogar, que ponha e que seja o jogo mais bonito possível para todos. Não vai repetir-se o que aconteceu com o Figo, porque o barcelonismo está arrependido. Mas a repetir-se, significa que não aprendemos nada e que não somos o clube que devemos ser. Doía-me mais isso do que perder o jogo e ficar eliminado», garantiu.
A conferência de imprensa de José Mourinho
Quanto ao jogo, o técnico «blaugrana» não entra em euforias, porque a eliminatória não está decidida e o Barça ainda não está nas meias-finais da Taça. «Se saímos a pensar na vantagem que temos, eliminam-nos. São melhores no jogo aéreo, são melhores no contra-ataque e rematam muito de fora da área. Temos que jogar e jogar, fartar-nos de jogar. Se não o fizermos, temos problemas porque eles vão criar ocasiões e marcar. Há que fazer um grande jogo, mas sem obsessão», referiu.
Por isso, não considera que a polémica que envolve o Real Madrid tenha implicações no jogo de quarta-feira: «Não estou no Real Madrid, mas tenho muito respeito pela instituição. É uma equipa centenária, que ganhou durante muitos anos. O que se passa agora é circunstancial. Vai ser sempre o pior rival. Acho que neste momento o pior de tudo é que parece que já estamos classificados e eles eliminados, e ainda nem jogamos.»
Sérgio Ramos: «Jamais faltei ao respeito a um treinador»
E no seguimento da questão do Real Madrid, perguntaram-lhe se aceitaria jantar com José Mourinho. Ao seu nível de sempre, respondeu: «Agora mesmo não, porque trataríamos de nos enganar com as tácticas. Mas quando nos retiremos é algo que pode acontecer e que seria um prazer, porque para mim, continua a ser um treinador com muita sabedoria.»
