Esta terça-feira são atribuídos seis dos oito lugares ainda disponíveis para o Campeonato do Mundo. Para além dos quatro jogos na zona europeia disputam-se duas partidas na zona africana. Para quarta-feira estão reservadas as duas derradeiras vagas, ainda que a primeira mão já tenha decidido quase tudo.

Confira o programa de jogos para esta terça-feira
16:00 - Egito-Gana
18:15 - Argélia-Burkina Faso
19:00 - Roménia-Grécia
19:15 - Croácia-Islândia
19:45 - Suécia-Portugal
20:00 - França-Ucrânia

Jogos de quarta-feira
06:00 - Nova Zelândia-México
23:00 - Uruguai-Jordânia

O dia começa com um Egipto-Gana em que tudo está praticamente resolvido. A equipa do Gana venceu por 6-1 na primeira mão, realizada há mais de um mês, depois da excelente exibição da estrela Asamoah Gyan, que apontou dois golos. A equipa de Essien, Atsu, Andre Ayew, Muntari e companhia não terão grandes dificuldades para segurar a confortável vantagem, apesar do ambiente sempre escaldante que se vive na cidade do Cairo. «Temos de nos preparar bem para o jogo da segunda mão e esquecer a vantagem de cinco golos», avisou o selecionador Kwesi Appiah, tentando travar a euforia.

O Gana, a Argélia, os Camarões, a Costa do Marfim e a Nigéria foram os cinco apurados em África para o Mundial de 2010 e neste momento esse cenário pode voltar a repetir-se, sendo que Camerões, Costa do Marfim e Nigéria já carimbaram a presença no Brasil.

A missão mais complicada está destinada à Argêlia, que perdeu na primeira mão com o Burkina Faso (3-2) e prepara-se agora para disputar um dos jogos mais escaldantes do dia. O desafio da primeira mão foi eletrizante, com a equipa da casa a ganhar vantagem com golos de Pitroipa, Kone e Bance, mas com os argelinos a segurarem-se numa margem minima devido aos golos de Feghouli e Medjani. A equipa do sportinguista Slimani tem de estar no seu melhor para poder eliminar a desvantagem, mas deverá contar com o apoio do público em Blida. Os 30 mil ingressos para o estádio Mustapha Tchake estão esgotadas e nesta terça-feira até houve o registo de feridos quando um grupo de pessoas tentava assegurar os derradeiros bilhetes.



E depois vem a Europa, com o jogo de Portugal na Suécia claro, mas outros três desafios bem escaldantes. Desde logo o França-Ucrânia, com os franceses sobre brasas depois da derrota humilhante (2-0) em Kiev. O Stade de France será palco de uma grande reviravolta ou então de uma tremenda desilusão, repetindo a história do Parque dos Príncipes em 1993, quando a equipa gaulesa ficou fora do Mundial com aquele golo de Kostadinov nos instantes finais da partida.



«É preciso acreditar, e acreditar muito, para inverter o resultado», fartou-se de repetir Didier Deschamps, que nunca se cansou de apelar ao sentido de união. O ambiente é tenso, as críticas são muitas e provenientes dos mais variados quadrantes. Questiona-se tudo, até o valor de Ribéry ou Pogba, que foram totalmente neutralizados. Os ucranianos, por seu lado, não querem deixar fugir a oportunidade e apostarão tudo na velocidade dos avançados Konoplyanka e Yarmolenko, sendo que o técnico Mikhail Fomenko já sabe que não vai poder contar com os castigados Artem Fedetskyy e Oleksandr Kucher (do lado dos franceses também não joga Koscielny, que foi expulso na primeira mão).

Sobram o Roménia-Grécia e o Croácia-Islândia, com o primeiro a ser muito apelativo para os portugueses devido à presença de Fernando Santos. Os gregos venceram por 3-1 na primeira mão e surgem em Bucareste com a certeza de que será muito difícil a equipa de Victor Piturca ultrapassá-los, conhecendo-se a capacidade dos helénicos em defenderem resultados.

Finalmente, o jogo da Croácia, que teoricamente será favorável aos da casa, mas dado o trajeto surpreendente dos islandeses deixa tudo absolutamente em aberto (0-0 na primeira mão). Orientada por Lars Lagerbäck, a Islândia procura o primeiro apuramento para um Mundial. «Temos tudo a ganhar e nada a perder», resume o sueco.