Cunha Leal, presidente da Liga, reagiu esta terça-feira à auto-suspensão de Júlio Mouco, vogal da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga. «Não gostaria de fazer considerações para além da gala, pois já tomámos as nossas considerações», explicou. E as considerações eram mesmo a intenção de Júlio Mouco se auto-suspender por alegadas ligações ao processo Apito Dourado. O vogal do CA aceitou o repto e entregou uma carta a 31 de Março a confirmar as suas intenções de se afastar do organismo que regula o futebol profissional.
Que marcas este processo deixou o futebol português? Cunha Leal não entra nesse caminho: «Temos todas as condições para prosseguir a organização dos campeonatos nesta fase crucial. Queremos que os campeonatos corram bem, sejam competitivos, sabemos que há polémica no futebol, mas as nossas competições têm sido elogiadas. A Superliga tem sido palpitante e emotiva. É isso que pretendemos», adiantou depois da apresentação da gala de final de época, em que o futuro campeão receberá o troféu.
O presidente da Liga também explicou que esta polémica «não» abalou a estrutura da arbitragem, ao contrário do que se possa pensar: «A Comissão Executiva da Liga é composta por pessoas responsáveis e de bom-senso. O futebol tem de prosseguir o seu caminho, de forma competitiva e saudável, independentemente das dificuldades que existam». E é isso que tem acontecido. «Esse caminho tem sido feito de uma forma responsável. Temos dado uma imagem importante perante o espectáculo e temos contribuído para a afirmação do espectáculo».