A conferência de imprensa estava já perto do fim. Mais uma pergunta para Vítor Pereira e o técnico a responder com uma rara gargalhada. Das grandes. Mas que pergunta conseguiria coloar o técnico do F.C. Porto assim tão bem disposto?
Simples. Vítor Pereira foi confrontado com uma lista onde se liam os nomes dos treinadores mais bem pagos no futebol mundial. O treinador azul e branco não está lá, Jorge Jesus surge no 14º posto. Daí a gargalhada.
«Não consigo comentar. Rio-me, apenas isso. Olhar para aqueles números dá-me vontade de rir. Estou muito feliz no F.C. Porto. Trabalho para ter os melhores à minha disposição. O que me anima é apresentar um bom futebol. Sou exigente e gosto de futebol bonito», disse o treinador.
Perante a insistência, deixou mais algumas palavras. «Estaria a mentir se dissesse que o dinheiro não tem importância. Tenho três filhos, uma família. Mas para isso é preciso trabalhar».
Veio à baila a palavra sorte e, enfim, o técnico aproveitou para se referir ao último triunfo em Braga, onde muita gente viu sorte no triunfo azul e branco.
«Sorte? Sorte era estar a ganhar em Braga por dois a zero aos quatro minutos. Marcar no fim dá trabalho, e muito».
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