No seu percurso como jogador profissional, Heverton Martins cruzou-se com várias personagens conhecidas dos portugueses. Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, foi seu adversário num torneio de futebol juvenil em Criciúma, como recorda ao Maisfutebol.
«Ele era habilidoso, mas nem sequer era o melhor da equipa dele. Jogava no Grémio e perdemos 2-1, mas o fora-de-série era outro rapaz», dispara, sem se lembrar do nome do tal craque.
Alguns anos depois, no Joinville, cruzou-se com Deivid. Esse mesmo, que viria a ser jogador do Sporting em 2005. «Encostava-me a ver o rapaz a treinar. Vi muito potencial nele e comentei várias vezes isso com a direcção do Joinville. Em 1999 fomos a um torneio em Itália, numa cidade chamada Viareggio, e ele destacou-se. Poucas semanas depois foi contratado pelo Lecce.»
Kléberson, Silas e a marcação a Roger
Kléberson, campeão do mundo de 2002, e Paulo Silas, ex-jogador do Sporting, foram colegas de Heverton no Atlético Paranaense. «É incrível como o Kléberson chegou onde chegou. Jogava bem mas nunca se destacou enquanto foi meu colega. Já o Silas era um senhor. Não corria mas nunca falhava um passe. Metia a bola onde queria», recorda com insuspeita nostalgia.
No seu último clube, o humilde Marcílio Dias, dividiu o balneário com Luciano Amaral (V. Guimarães) e Leandro Branco (V. Setúbal). Mas foi com Roger, ex-jogador do Benfica, que viveu uma das suas maiores noites no futebol.
«Em 1998 fomos jogar ao Estádio do Maracanã. O Joinville em casa do Fluminense. O Paulo Bonamigo [n.d.r. treinador do Marítimo em 2005/06] estava assustado com o talento do Roger. A verdade é que encostei nele e não fez nada. Não deu um chuto o jogo todo. Era muito mansinho.»
Ronaldinho Gaúcho, Kleberson, Roger e Paulo Silas ficaram para trás na vida de Heverton. Agora os livros são a sua companhia. Numa universidade da cidade do Porto.