Onze jogadores e o respetivo treinador de uma equipa da primeira divisão de Hong Kong estão entre os 23 detidos num caso de corrupção por manipulação de resultados, segundo anunciou este terça-feira o órgão anticorrupção do território.
«Esta operação é a mais importante realizada nos últimos anos pela Comissão Independente Contra a Corrupção (ICAC) no combate à manipulação de resultados. É também a que resultou no maior número de detenções», explica a chefe de investigação do ICAC, Kate Cheuk.
A operação de combate à corrupção contou com cerca de uma centena de agentes da polícia e os suspeitos são acusados de corrupção, manipulação de resultados e de participação em apostas ilegais.
O nome do clube em causa não foi divulgado, contudo a imprensa local sugere que o visado seja o histórico Happy Valley, com vários títulos de campeão em mais de 70 anos de existência.
Segundo a acusação, os alegados corruptores pagariam a cada atleta cerca de 1.200 euros por jogo. «A questão não era se eles jogavam bem, mas se eram bons a fingir [o seu desempenho] ou se podiam ajudar a manipular os resultados», disse Cheuk.
A responsável recordou que os resultados improváveis são mais bem recompensados nas apostas, que alguns visados também faziam, através de testas-de-ferro.
Os valores envolvidos na manipulação não foram revelados, até porque a investigação ainda está em curso.