A bela Hope Solo, que defendeu o «penalty» que eliminou o Brasil nos quartos-de-final do Campeonato do Mundo de futebol feminino, é considerada uma das melhores guarda-redes, talvez mesmo a melhor, da actualidade. E não é a primeira vez que afasta o Brasil.

No encontro frente às brasileiras, Solo não só foi decisiva no desempate por grandes penalidades como podia tê-lo sido ainda durante os 90 minutos não só pelas inúmeras defesas que realizou mas também quando defendeu mais um castigo máximo, entretanto mandado repetir injustamente pela árbitra da partida. Quis o destino que, depois do 1-1 no final dos 90 minutos, os Estados Unidos empatassem de novo a dois golos no último minuto do prolongamento e a guarda-redes tivesse então mais uma oportunidade de ser a heroína.



Recuando no tempo, a futebolista jogava bem mais à frente nos tempos do colégio, mas a certa altura pensou que seria mais útil a usar as mãos. Com 19 anos, já fazia parte da selecção norte-americana e aos 24 garantiu de vez a titularidade, logo a seguir à conquista do ouro olímpico em Atenas.

Hope esteve depois 1054 minutos sem sofrer um único golo, uma série que terminaria na vitória frente à França (4-1). No Mundial de 2007, era ela a titular nos quatro primeiros encontros, com dois golos sofridos, mas, sem se perceber bem porquê, o treinador Greg Ryan preferiu a veterana Briana Scurry nas meias-finais com o Brasil e deu-se mal. Os Estados Unidos foram goleados por 4-0, com Solo a revoltar-se com a injustiça da decisão. «Eu podia ter feito aquelas defesas», lamentou.

Foi afastada da equipa e só voltou em 2008, para os Jogos Olímpicos. Na final frente ao Brasil foi intransponível e ajudou à vitória das norte-americanas. No Mundial que se realiza actualmente na Alemanha, continua a ser figura. Para azar recorrente do Brasil!