O presidente da SAD do Leixões, Paulo Lopo admitiu poderem estar comprometidos os objetivos de manutenção da equipa na II Liga devido à má qualidade do relvado do Estádio do Mar.

Em declarações à agência Lusa na sequência do apelo do treinador João Henriques, no final do empate 2-2, no domingo, frente ao Nacional, em jogo da 17.ª jornada da II Liga, Paulo Lopo afirmou serem «o único clube dos campeonatos profissionais sem um campo para treinar», razão pela qual apelou à intervenção da Câmara de Matosinhos para ajudar a resolver o problema.

O Leixões vive há anos uma situação de exceção na II Liga portuguesa de futebol profissional, uma vez que apenas dispõe do relvado do Estádio do Mar para treinar, situação que não só tem acentuado a perda de qualidade como, tal como testemunhou o treinador no final do jogo com o Nacional, «prejudica a qualidade do futebol que a equipa apresenta».

A 05 de outubro, numa sessão esclarecimento aos associados em emblema de Matosinhos, a direção do clube informou que a «requalificação de campo, bancada e instalações do Complexo Óscar Marques, anexo ao Estádio do Mar», havia sido «aprovada pela Câmara de Matosinhos» estando para «breve o início das obras».

Mais de dois meses depois e já com o relvado do estádio alvo de remendos para tentar minorar os efeitos da sua utilização intensiva, o problema volta a agravar-se e não há sinal de que as obras acordadas com o município tenham data para avançar, ainda que o protocolo preveja para o complexo um campo sintético para o futebol de formação.

«Apelo com urgência à câmara para que nos ajude a encontrar uma solução para treinar», reiterou Paulo Lopo, acrescentando que na última semana, a preparação para a receção da equipa insular foi prejudicada pelo estado do relvado assim podendo ficar «comprometidos os objetivos de manutenção da equipa na II Liga portuguesa de futebol devido à má qualidade do relvado».

«Não é uma desculpa, mas na semana passada treinámos todos os dias condicionados por não termos um relvado para treinar», disse o presidente da SAD, recordando as vezes que tiveram «de pedir à câmara da Maia um campo para treinar ou a deslocações até Fão» para o mesmo efeito.

O Leixões colocou como meta para a corrente época conseguir cedo a manutenção, ocupando atualmente o sétimo lugar, com 27 pontos, quatro abaixo dos lugares que dão direito à promoção e oito acima do 17.º e primeiro candidato à descida de divisão.