A Académica empatou a zero esta manhã, na receção ao Penafiel, e confirmou a descida à Liga 3. No final do encontro, o capitão dos estudantes Zé Castro confirmou o fim da carreira e uma pausa de um ano.

«Já era o meu último no, os colegas sabem disso. Mas é o menos importante. Nunca me aproveitei das coisas quando correm bem e quanto estão mal não posso ir abaixo», disse na flash interview à Sport TV.

«[Vou fica] Fora do futebol pelo menos por um ano, o futebol dá muito e tira muito. Não quero pensar em mim, farei a minha vida e a Académica é muito mais importante do que qualquer jogador», acrescentou.

Zé Castro assumiu que a responsabilidade da descida é do plantel, mas aproveitou para deixar um recado a todos os que fazem parte do desporto em Portugal.

«O futebol ensina-nos muita coisa, é uma aprendizagem para todos. Para o bem e para o mal, os jogadores são os principais culpados. Todos os espetáculos dependem dos artistas e no futebol são os jogadores. Temos de assumir as responsabilidades. Faz parte do futebol, temos de mudar a nossa cultura futebolística, ninguém é melhor por perder ou por ganhar, temos de deixar de pensar assim. Somos muito ignorantes futebolisticamente falando. Não somos analfabetos, analfabetismo é quem não pode aprender. Quem pode e não quer é ignorante», vincou.

«É um passo atrás, o clube pode-se reestruturar e dar dois passos em frente. É o meu único clube e vai ser toda a vida. Oxalá haja força e disponibilidade das pessoas. É o futebol, isto acontece. Já passei por melhores clubes, outros com menos condições. Temos de preparar-nos para mudar. Cada vez há menos gente a gostar de futebol e a querer apenas ganhar, nem sequer gostam dos clubes», concluiu.

O defesa central, internacional português, pendura as chuteiras aos 39 anos, depois de passagens por Atlético de Madrid, Deportivo da Corunha, Rayo Vallecano e a Briosa, clube onde foi formado.

A mensagem de Zé Castro: