O diretor desportivo do Freamunde, Hilário Leal, disse, este domingo, que o seu clube «tem vergonha do futebol português». Já o treinador, Filó, admitiu repensar a sua continuidade no futebol.

Isto tudo, depois da derrota caseira frente ao Académico de Viseu (1-3), num encontro da 25ª jornada da II Liga arbitrado por Cosme Machado, um juiz que foi muito criticado pela sua atuação no Sp. Braga-FC Porto da Taça da Liga.

«A nossa II Liga é esta, as pessoas vêm cá e fazem o que querem. O jogo estava a ser equilibrado, bem disputado e alguém quis resolver o jogo. Lances duvidosos e decisivos decididos sempre para o mesmo lado?», questionou o técnico.

«Houve dois penáltis contra e dois lances idênticos, na área contrária, que não foram marcados», acrescentou Filó, que também considerou exagerada a expulsão de Ansumane.

«O Freamunde não tem a mínima hipótese de subir de divisão, como já tenho dito. Os jogos na II Liga ganham-se com muitos fatores e não apenas com a qualidade. Graças a Deus, estamos perto do nosso objetivo e as pessoas já podem ficar descansadas. Este jogo e outros como este vão fazer-me pensar se continuo no futebol português», concluiu.
 
Por seu lado, Hilário Leal afirmou que «o Freamunde sente vergonha deste futebol de mentira» e não poupou nas arbitragens: «Só pedimos um bocadinho de respeito pelo clube, que tem os salários em dia e, quando não os tinha, por coragem do presidente, era sempre notícia. Hoje há clubes, com três e quatro meses de salários em atraso, a inscrever jogadores. A Liga não trata os clubes da mesma forma.»