* Por Paulo Silva Reis

Chaves engalanou-se a rigor. O ambiente era de festa, na expetativa de celebrar até ser amanhã a subida à Liga. Apesar de não dependerem só de si os flavienses acreditavam na subida de divisão que se esfumou a escassos segundos do final.
 
Um golo em Freamunde, já nos descontos do campeonato, puxou o Desp. Chaves dos lugares de subida e deixou o Municipal flaviense mergulhado em lágrimas.
 
Foi um domingo triste.
 
Curiosamente ainda havia gente a entrar no estádio e já os flavienses festejavam o primeiro golo, quando depois de uma jogada de rápido de entendimento do ataque, Arnold ganhou na velocidade e na linha de fundo cruzou para o coração da área: Barry ficou inteligentemente um metro para trás, recebeu a bola e rematou forte para o fundo da baliza de João Pinho.
 
O golo, aos cinco minutos, repete-se, acendeu o rastilho para a festa.
 
O domínio do jogo foi sempre dos jogadores da casa, mas aos poucos o Oliveirense foi conseguindo sacudir a pressão. Ainda que, vale a pena dizê-lo, sem lances de perigo junto da baliza de Paulo Ribeiro.
 
Com o objetivo bem focado os da casa nunca deixaram de atacar e aos 34 minutos, em mais uma arrancada pela direita de Arnol, João Pinho derrubou João Reis na área. O árbitro Fábio Veríssimo não duvidou em assinalar a grande penalidade que Patrão converteu no segundo golo do Desp. Chaves.
 
Na segunda parte o domínio flaviense manteve-se, mas as emoções falaram mais alto. Naturalmente, aliás. A jogarem mais com o coração do que com a cabeça, p Chaves desperdiçou váriass oportunidades para dilatar o marcador.
 
Os minutos finais não se jogavam em Chaves, jogavam-se em Freamunde. Os olhos estavam no Municipal flaviense, sim, mas os ouvidos e o coração estava em Freamunde.
 
Foram instantes do tudo ou do nada. A vantagem do Freamunde sobre o Tondela permitiu aos adeptos celebrar como se não houvesse amanhã: nessa altura a equipa era campeã e podia festejar o regresso à Liga 16 anos depois.
 
O empate do Tondela, no entanto, a trinta segundos do fim, roubou o sonho de toda a cidade, de todo o distrito, de toda a região. No fim o Chaves nem a promoção conseguiu alcançar. Por isso a saída do estádio foi ao ritmo de uma marcha fúnebre.
 
Foi um domingo mau.