Num clássico de bês que deu nas vistas pela enorme capacidade de luta que fez escassear os espaços para verdadeiramente jogar futebol, o Sporting aproveitou melhor os metros que havia.
 
Por isso venceu com toda a justiça.
 
O FC Porto B só criou, por exemplo, uma verdadeira ocasião de golo na segunda parte: e mesmo essa nasceu de um mau atraso de Mica Pinto de cabeça, que permitiu a Frederic Maciel fazer um desvio a rasar o poste quando já estava no chão.
 
Muito pouco, portanto.
 
O Sporting B defendeu muito e defendeu bem. Ryan Gauld, até ele, está um jogador completamente diferente, um número oito que tem qualidade naquele pé esquerdo mas que se destaca sobretudo pelo muito que corre, pelo que se esforça, pela competência que apresenta no momento defensivo.

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Ora com as linhas recuadas e muito juntas, com Wallyson a impor a compleição física para dominar todo o espaço à frente da defesa, o Sporting não dominava o jogo, mas controlava-o.
 
O FC Porto foi por isso deixando-se arrastar nesta espécie de luta e abusando cada vez mais de iniciativas individuais mais em força do que em jeito. Luís Castro ainda lançou os avançados Frederic e Roniel, mais o talentoso Pité, mas nada mudou na frente de ataque.
 
O jogo tinha valido portanto apenas pela primeira parte.
 
Antes de começar a chover, antes do relvado ficar ensopado e esburacado, tinha sim havido algum futebol. O FC Porto já nessa altura assumia maior controlo de jogo: daava então nas vistas o trinco Leandro Silva, pelo poder que transmitia ao meio campo.

Sacko e Iuri Medeiros fizeram a diferença: os craques a seguir no futuro
 
A equipa dominava aquela zona do relvado e empurrava o Sporting para trás, mas a verdade é que só ameaçava de fora da área.  Tiago Rodrigues, sempre ele, obrigou por duas vezes Luís Ribeiro a excelentes defesas.O que diz tudo sobre o acerto leonino na defesa, onde Tobias Figueiredo e Nuno Reis foram praticamente inultrapassáveis.
 
Ora o Sporting perdia o meio campo e por isso não tinha tanto futebol, mas aos 25 minutos Iuri Medeiros (sempre ele a fazer a diferença, também) lançou Sacko, que rematou para defesa de Kadú e Cissé fez a recarga para o primeiro golo do jogo.

Um pouco contra a corrente o Sporting colocava-se assim na frente.
 
A partir daí recuou as linhas por iniciativa, mais do que por obrigação, e a ação de Leandro Silva tornou-se desnecessária. O trinco do FC Porto B haveria de sair ao intervalo.

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Antes disso, uma nova transição rápida do Sporting permitiu a Iuri Medeiros, depois de recuperar uma bola, lançar outra vez Sacko na direita, o extremo francês fugiu a Kayembe, ultrapassou Diego e rematou para o segundo golo.

O leão estava cada vez mais confortável na selva de luta.
 
Os dois golos de vantagem aumentaram o recuo do Sporting e a segunda parte foi o que já se contou. O jogo só haveria de animar, aliás, nos descontos, quando Fokobo cometeu falta sobre Gonçalo Paciência dentro da área e Ivo Rodrigues reduziu a desvantagem.
 
Gonçalo Paciência e Riquicho ainda se desentenderam, viram os dois amarelo, o segundo viu logo a seguir vermelho por protestos e saiu pouco antes do fim do jogo. Ora o final, precisamente, veio logo a seguir.
 
João de Deus somou a primeira vitória em casa, a segunda consecutiva, mas ainda não ultrapassou o FC Porto B na classificação. Esta tarde, porém, foi melhor: nada a discutir.