O antigo presidente do Santa Clara, Mário Batista, apresentou em tribunal a impugnação de um crédito a rondar os 5,1 milhões de euros, valor reconhecido à SAD da equipa açoriana da II Liga de futebol.

Uma contestação que surge na sequência da publicação da lista de créditos, no âmbito de um segundo Processo Especial de Revitalização (PER), apresentado pelo Santa Clara e no qual a SAD dos açorianos é um dos maiores credores do clube.

Em declarações à agência Lusa, Mário Batista assume desconhecer o montante em causa, por não ter visto «o conteúdo da reclamação de créditos apresentada». O antigo presidente da SAD lembrou, contudo, um contrato assinado «a 31 de janeiro de 2014» com o antigo BANIF, hoje Santander Totta – outro dos credores do emblema açoriano, tal como o fisco – no qual a SAD insular assumiu parte da dívida do Santa Clara, de três milhões de euros.

O dirigente contesta, por isso, a diferença de valores a rondar os dois milhões de euros, frisando que, «até à data, nenhum montante foi liquidado» pela SAD e que o «Banif declarou expressamente não exonerar da responsabilidade de pagamento» nem o clube, nem Mário Batista, enquanto avalista.

O pedido de impugnação, que deu entrada no Tribunal Judicial da Comarca dos Açores, a 24 de fevereiro, pode conhecer desfecho ainda esta terça-feira. Caso o juiz faça nova avaliação à lista de credores, fica em causa a execução do segundo PER. E uma vez que a SAD do clube detém mais de 50 por cento do total da dívida, avaliada em cerca de nove milhões de euros, o mesmo juiz poderá decidir, sozinho, o plano de pagamentos