O Tondela somou o terceiro jogo consecutivo sem ganhar (duas derrotas seguidas) e voltou a perder a possibilidade de celebrar já este domingo a subida à Liga: depois de ter falhado a primeira hipótese na quarta-feira, a equipa de Quim Machado voltou a garantir que ainda não é esta tarde que matematicamente festeja a promoção à primeira divisão.

Na base desta certeza está, claro, a derrota em Olhão por 3-1.

Mais do que não subir já à Liga, o Tondela pode ver o Sp. Covilhã e o Desp. Chaves aproximar-se perigosamente: se o Chaves vencer o já despromovido Trofense, fica a quatro pontos do primeiro lugar.

O Olhanense, por outro lado, festejou a manutenção na II Liga.

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Relativamente ao jogo, refira-se que depois de uma primeira parte sem golos, tudo se precipitou a cerca de meia hora do fim.

Gonzalo Mastriani ganhou uma bola a Deyvison, correu para a área e foi carregado em falta em cima da linha: Deyvison viu o vermelho direto e deixou o Tondela reduzido a dez.

Do livre em cima da linha de grande área, aos 58 minutos, surgiu o primeiro golo: o lateral esqeurdo Daniele Pedrelli atirou forte e colocado, para um grande golo que abriu o marcador.

Logo a seguir, o mesmo Mastriani voltou a ganhar uma bola a um adversário, neste caso a Bruno Monteiro, correu outra vez para a área e com grande felicidade fez o segundo golo: rematou, o mesmo Bruno Monteiro fez a placagem e a bola ressaltou por cima do guarda-redes do Tondela, num chapéu perfeito.

Estava feito o 2-0 para o Olhanense.

O jogo ficou louco e aos 69 minutos Tozé Marreco sofreu uma falta de Diogo Melo dentro da área, grande penalidade que Renato Santos concretizou, colocando o jogo em 2-1 a vinte minutos do fim.

Aos 73 minutos, Pedrelli fez um disparate, agarrou Tozé Marreco quando este tentava fazer um lançamento lateral e viu o segundo amarelo e consequente vermelho, deixando as duas equipas reduzidas a dez jogadores.

Já muito perto do fim, aos 85 minutos, Rodrigo António aproveitou a passividade na defesa do Tondela para fazer o 3-1 para o Olhanense: o brasileiro afirmou-se também, com este golo, o melhor marcador da equipa algarvia.

Foi a machada final no Tondela.

Destaque também para o facto de Tondela e Olhanense se terem unido na defesa da população da Ilha do Farol, na Ria Formosa: todos os jogadores entraram em campo com uma t-shirt «Je suis ilhéu», numa manifestação contra as casas dos pescadores da ilha.

Equipas iniciais:

OLHANENSE:  Ricardo Ribeiro; Duarte Machado, Diakhité, Nuno Diogo e Daniele Pedrelli; Rodrigo António, Diogo Melo (Coubronne, 77m) e Daniel Giraldo; Murilo Mendes (Femi Balogun, 68m), Gonzalo Mastriani (Adilson, 62m) e Galassi.

TONDELA: Cláudio; Edu Machado, Pica, Deyvison e Nuno Santos;  Bruno Monteiro,  Fábio Pacheco e Joel Silva (Marco Aurélio, 80m); Renato Santos, Tozé Marreco e Luís Machado (Tiago Barros, 59m).

Golos: Pedrelli (58m) e Mastriani (62m), Renato Santos (69m) e Rodrigo António (85m)