Catorze jogos seguidos sem vencer e nove sem marcar qualquer golo. O momento do Gil Vicente é complicado, a equipa ocupa o antepenúltimo lugar, já cinco pontos abaixo da linha de despromoção. E precisa fazer mais para evitar cair no Campeonato de Portugal, mesmo que saiba que, na época seguinte, estará de volta à Liga.

Paulo Alves, o treinador, assume as dificuldades. «Não há que escamotear: o momento é difícil, obviamente. Apesar de a equipa, na maior parte das vezes, equilibrar os jogos, as coisas não estão a acontecer, no sentido de fazermos golos. Apesar das múltiplas oportunidades e o último jogo é prova disso», sublinhou, referindo-se ao duelo com o Sporting B que terminou com um nulo.

«Temos de olhar para dentro e perceber que todos temos de fazer melhor. Treinadores e, sobretudo, jogadores. Em termos de atitude não posso criticar. Mas a bola não entrando a bem, tem de entrar a mal», alertou, em declarações reproduzidas nos meios oficiais do clube.

O técnico levantou ainda questões em torno da arbitragem dos jogos do Gil Vicente, sublinhando que a decisão administrativa que devolve o clube à Liga em 2019/20 não pode ter efeito no rendimento do grupo.

«O Gil está num momento complexo, em termos de futuro. Tem a sua situação resolvida, mas apenas para daqui a ano e meio. E ano e meio é muito tempo no futebol. Há gente que, durante esse ano e meio, tem de trabalhar e honrar os seus contratos. Desde que cheguei aqui o meu discurso é não tocar nesse assunto. Temos de fazer o nosso trabalho agora e não pensar no futuro. Espero que não haja nenhuma situação que possa interferir em nada disto», encerrou.