A equipa do Beira-Mar mantém a intenção de fazer greve no jogo de sábado, frente ao Académico de Viseu, correspondente à última jornada da II Liga, caso não receba dois dos quatro salários em atraso. 

«Se recebermos dois meses de salários em atraso, vamos a jogo com todo o orgulho e o brio que nos caracterizou, mas se não recebermos, não iremos», confirmou o jogador Vítor Vinha, que foi o responsável por ler um comunicado do plantel.

«Sabemos das consequências inerentes, mas mais não podemos fazer, pois estamos numa situação limite», isto porque já o último jogo só se realizou porque o investidor Paulo Silva pagou um mês de vencimentos.

Os jogadores da equipa aveirense queixam-se da «falta de liderança» do presidente da SAD, Majid Pishyar, que «desde que recuperou a SAD nunca compareceu junto dos jogadores para se inteirar das suas necessidades ou tentar resolver os problemas».

Segundo o comunicado, também o Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) não recebeu até hoje nenhuma transferência bancária por parte de Majid Pishyar, no valor de 45 mil euros, para regularizar um dos ordenados do plantel.

O capitão Pedro Moreira disse aos jornalistas que o grupo «está aberto ao diálogo», mas que «têm de existir garantias válidas de que os salários vão ser pagos».