O Nacional emitiu um comunicado em que nega qualquer desentendimento entre o departamento médico e a direção do clube, no que diz respeito ao retorno da equipa principal aos treinos.

«Nunca houve qualquer desentendimento entre o departamento médico e a administração do CD Nacional, Futebol SAD no que diz respeito às questões de saúde pública, que é a grande prioridade de todos nós», diz o comunicado.

A polémica teve origem nas declarações do chefe do departamento médico do clube, João Pedro Mendonça, que, na qualidade de presidente da Associação Nacional de Médicos de Futebol (ANMF), à qual preside desde 2009, afirmou que o regresso aos treinos por parte do Nacional foi «pouco razoável».

Ainda assim, ressalvando que, «em termos de saúde pública, pura e dura, o que o Nacional está a fazer não põe a saúde em risco, porque tudo está a ser respeitado».

No mesmo comunicado, o clube diz que «o único desentendimento público» que aconteceu foi entre o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista, e o capitão do Nacional, Rúben Micael, que, «em nome do plantel, deixou bem clara a satisfação do grupo em voltar aos treinos, em estreito cumprimento por todas a regras de saúde e de segurança sanitária».

De acordo com o Nacional, as declarações de Rúben Micael deitam «por terra todos os comentários e posições assumidas sobre o tema pelo presidente do Sindicato», que acusam de ter tomado «as suas habituais posições de evidente desequilíbrio.

O líder da II Liga baseou a sua decisão de regressar aos treinos no Decreto Lei 2-B 2020, que regulamenta a prorrogação do estado de emergência e prevê a possibilidade de os atletas utilizarem as instalações do clube para sua atividade física.

O clube optou modelo de treino individualizado, por considerar que existe um risco muito menor para os atletas, por estar a ser concretizado num ambiente controlado, deixando de os expor a um elevado risco de contágio motivado pelo treino/corrida na via pública.

Os atletas do clube madeirense vão na sua segunda semana de treinos, com o grupo dividido em dois, com treinos aos pares, de hora a hora, treinado um grupo às segundas, quartas e sextas e o outro às terças, quintas e sábados, com dois atletas por hora, cumprindo todas as normas do plano de contingência do clube.

O Nacional ocupa o primeiro lugar da II Liga, com 50 pontos, mais dois do que o Farense, numa altura em que foram disputadas 24 jornadas.