A chegada das claques do FC Porto ao Estádio da Luz, sem registo de incidentes, culminou na intervenção policial sobre os adeptos encarnados que tentaram entrar no perímetro de segurança definido para os visitantes.

Enquanto os portistas aguardavam a entrada no recinto, as forças de segurança tiveram de agir contra adeptos do Benfica, que arremessaram pedras e garrafas. A polícia disparou tiros para o ar para desmobilizar os elementos afectos às águias.

Vários adeptos do Benfica tentaram escapar pela zona comercial no estádio mas foram detidos. Há registo, ainda, de feridos, com ambulâncias a deixar o recinto.

De acordo com as informações fornecidas pelo subintendente Costa Ramos, da PSP, houve nove detidos ao todo, sendo que seis foram entre adeptos do benfiquistas e três foram entre adeptos do F.C. Porto.

Os autocarros que transportavam os adeptos portistas chegaram ao parque industrial de Telheiras pelas 18 horas, acompanhados pela Polícia de Segurança Pública (PSP) desde as portagens de Alverca.

De acordo com o subintendente da PSP, Costa Ramos, a viagem decorreu «sem incidentes», bem como o trajecto final feito a pé até ao Estádio da Luz, onde chegaram pelas 19h30.

As claques foram revistadas à chegada a Telheiras, para em seguida poderem percorrer os dois quilómetros finais até ao palco do Clássico numa «caixa de segurança» da responsabilidade da PSP.

À entrada os adeptos portistas foram divididos em seis grupos, dos quais só os dois primeiros tiveram acesso ao interior do Estádio da Luz ainda antes do início do encontro. Os restantes quatro grupos de adeptos tiveram inclusivamente de festejar o golo de Guarín ainda no exterior.

Casa do Benfica em Fânzeres atacada

Entretanto, e já depois do final do jogo, a Casa do Benfica em Fânzeres, Gondomar, foi atacada. Os sócios da casa benfiquista estiveram durante cerca de meia-hora barricados no interior, à espera da chegada da GNR, depois de terem fechado as portas e janelas assim que se aperceberam que estavam a juntar-se adeptos do F.C. Porto à porta.

De acordo com Rodrigo Sousa Rodrigues, vice-presidente da casa do Benfica, já se desconfiava que a casa podia ser atacada, pelo que foi solicitada a presença da GNR. No entanto, a força de segurança considerou que não tinha efectivos para isso. Algumas das pessoas que atacaram a casa acabaram por ser reconhecidas e identificadas.

Os distúrbios começaram com o arremesso de pedras, uma das quais atingiu um sócio do Benfica na cabeça, pelo que o mesmo teve de ser transportado ao hospital. O mastro da bandeira da casa foi arrancado e lançado para dentro da vivenda, enquanto a bandeira foi queimada. Pouco depois três jipes da GNR (de Gondomar e Porto) controlaram o local.