Bruno Paixão foi árbitro de alto nível durante mais de 20 anos e deixou a arbitragem em 2021, depois de ter passado dos relvados para o VAR.

E quantas histórias podem guardar mais de 20 anos como árbitro em Portugal?

Foi para contar um pouco mais sobre elas que Bruno Paixão falou ao podcast «Final Cut». O episódio completo só vai ser publicado na noite desta segunda-feira, mas a avaliar pelo trailer há muito potencial de entretenimento.

Como a história de aperto que viveu em Freamunde, em 2000.

«Os adeptos começaram a dirigir-se na nossa direção e fugimos para o túnel. Quando entrei, veio um homem da segurança do Freamunde – uma besta daquelas de ginásio – agarra-me e leva-me pendurado nos braços até à porta do balneário. Sentou-me ao lado da sanita do balneário e disse-me: “só sais daí quando eu voltar aqui”. Fiquei ali uma meia hora sentado», relata.

Os ânimos continuaram exaltados e sem conseguir controlar a fúria dos adeptos, a GNR local decidiu chamar… o padre.

«Passadas duas horas os adeptos ainda estavam lá fora à minha espera e não estava a ser fácil. Então o comandante da GNR lembrou-se de chamar o padre local. O padre, um jovem, entrou no meu balneário e disse: “em horas de aperto, nem Deus ajuda”», resumiu, sorridente.