Em 2010/11, a Naval 1.º Maio iniciava mais uma temporada no principal escalão do futebol português, longe ainda de imaginar que seria o último e, pior, que seis anos mais tarde poderá estar de volta aos Distritais.

Esse é um cenário cada vez mais próximo para a equipa da Figueira da Foz, que competiu seis temporadas na I Liga até rumar a uma espécie de abismo, agravado pela descida ao terceiro escalão, por via administrativa, no final da temporada 2012/13.

Este ano está a ser, contudo, o mais difícil de todos e o último lugar na fase de manutenção da Série F do Campeonato de Portugal prova-o. Mais do que isso, o jogo deste último domingo, frente ao Mafra, entra, pelos piores motivos, na história do clube.

A goleada de 14-1 (ao intervalo já estava 9-0) é a mais pesada desta edição do Campeonato de Portugal, mesmo para um clube que tem convivido de perto com resultados embaraçosos.

A Naval terminou a fase regular em último, com apenas dois pontos, e várias derrotas pesadas: 8-0 com o Fátima; 6-0 com a U. Leiria, por duas vezes; 3-7 e 5-0 com o Benfica e Castelo Branco. Números pesados.

Agora, e 15 dias depois de bater o Alcanenses por 1-0, no primeiro triunfo da temporada, os figueirenses bateram no fundo. Os 14-1 do Mafra, líder da série, são históricos e ainda têm a particularidade de o golo da Naval ter sido... um autogolo.

A atravessar graves dificuldades financeiras, a Naval tem jogado com muitos elementos da equipa junior para compor o grupo e encerrar, de forma digna, a participação esta temporada.